Com cada vez mais adeptos, especialmente os jovens até 24 anos, o cigarro eletrônico, os chamados vapes, facilitam a inalação das substâncias tóxicas por períodos mais longos, o que também eleva o risco de tornar o usuário mais dependente que o cigarro comum. Para além da dependência, a preocupação dos médicos são os riscos para a saúde, inclusive dos olhos.
Em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o Projeto de Lei 5008, de 2023, que regulamenta o uso e o comércio de cigarros eletrônicos no Brasil, coloca a indústria do tabaco e entidades de saúde em lados opostos.
Já o aumento do estresse oxidativo está relacionado a inalação de substâncias tóxicas presentes no vapor dos cigarros eletrônicos, incluindo metais pesados e compostos orgânicos voláteis. Esses componentes estão associados ao desenvolvimento ou agravamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
E por fim, a exposição aos componentes químicos dos vapores pode prejudicar a produção e a qualidade das lágrimas, piorando os sintomas da síndrome do olho seco, comum entre usuários de cigarro eletrônico.
“Por isso, devemos ficar atentos aos nossos hábitos durante a vida, como o de fumar, que se torna um mal cumulativo durante a vida toda, podendo levar a uma cegueira ou baixa visão grave e irreversível”, orienta o oftalmologista Alexandre Pinheiro.