O livro começa contextualizando a época em que o rádio era celebrado como uma descoberta revolucionária, presente em uma variedade de produtos do cotidiano. Enquanto o rádio era comercializado como um elixir da vida e era consumido em quantidades absurdas, ninguém imaginava os danos que poderia causar à saúde humana.
Kate Moore mergulha na vida das operárias das fábricas de relógios, cujo trabalho envolvia pintar mostradores com tinta radioativa. Elas passavam dias imersas em um ambiente repleto de poeira radioativa, sem qualquer proteção ou conhecimento sobre os perigos da substância com a qual estavam lidando. À medida que as trabalhadoras começam a adoecer, surge uma luta por justiça que ecoa até os dias de hoje.
A autora não apenas conta a história dessas mulheres, mas também examina os bastidores da luta por direitos trabalhistas e segurança no trabalho. Ela destaca a bravura e a resistência das operárias que se recusaram a ser silenciadas e lutaram pelos seus direitos, mesmo enfrentando grandes obstáculos.
“Radioativas: As Mulheres que Lutaram contra o Tempo” é uma leitura comovente e inspiradora, que destaca a importância de reconhecer e homenagear aqueles que desafiaram o status quo em busca de justiça. Com uma narrativa envolvente e uma pesquisa minuciosa, Kate Moore nos presenteia com um retrato vívido e impactante de uma parte crucial da história trabalhista americana.
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