Com a virada do ano, surge uma tradição comum: as promessas e metas para os meses que se iniciam. No entanto, essa prática, embora motivadora, muitas vezes é acompanhada por um sentimento persistente de ansiedade, à medida que as expectativas de realização desses objetivos se tornam parte do cotidiano.
O ciclo de estabelecer resoluções de Ano Novo pode gerar uma pressão adicional sobre as pessoas, criando um senso de obrigação em cumprir metas muitas vezes desafiadoras. A expectativa de alcançar determinados objetivos dentro de um período específico pode aumentar os níveis de ansiedade, resultando em uma sensação de insatisfação e autocrítica quando esses planos não se concretizam conforme o esperado.
A ansiedade associada às promessas de Ano Novo pode ser agravada pela pressão social e pela comparação com outras pessoas. A exposição a narrativas de sucesso e conquistas alheias nas redes sociais e na mídia pode contribuir para um sentimento de inadequação, intensificando a preocupação em atingir os mesmos níveis de realização.
A necessidade de cumprir metas pode levar a uma mentalidade de tudo ou nada, onde pequenos contratempos são vistos como fracassos significativos. Isso pode afetar negativamente a autoestima e o bem-estar emocional, aumentando ainda mais a ansiedade.
Especialistas em saúde mental enfatizam a importância de estabelecer metas realistas e alcançáveis, evitando a sobrecarga de expectativas irreais. Encorajam também a prática de autocompaixão, aceitando que falhas e contratempos fazem parte do processo de crescimento e desenvolvimento pessoal.
Além disso, recomendam abordagens mais flexíveis e centradas no processo, valorizando os progressos realizados ao longo do caminho, independentemente do ritmo ou da magnitude. Focar na jornada e no aprendizado ao longo do processo pode reduzir a pressão excessiva e minimizar a ansiedade associada às promessas de Ano Novo.
Portanto, é essencial lembrar que o Ano Novo não se trata apenas de alcançar metas definidas, mas também de cultivar uma mentalidade de autocompaixão, aprendizado contínuo e crescimento pessoal, permitindo que cada pessoa encontre seu próprio ritmo em direção aos objetivos estabelecidos.