Segundo a Polícia Federal (PF), em representação encaminhada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, aponta Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como principal articulador do esquema de fraude nos cartões de vacinação.
No entanto, de acordo com a PF, Bolsonaro tinha conhecimento da inserção fraudulenta dos dados no sistema do Ministério da Saúde: “Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”, diz a Polícia Federal.
Para a Polícia, o fato do certificado de vacinação do ex-presidente ter sido emitido nos dias 22 e 27 de dezembro direto do Palácio do Planalto é um indício de que Bolsonaro sabia da fraude.
“Tais condutas, contextualizadas com os elementos informativos apresentados, indicam que as inserções falsas podem ter sido realizadas com o objetivo de gerar vantagem indevida para o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro relacionada a fatos e situações que necessitem de comprovante de vacinação contra a Covid-19”, explica a PF.
Durante esta quarta-feira, 3, Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, além de ter sido intimado para depor.
A Operação prendeu três dos principais auxiliares do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro. Max e Cordeiro tinham cargos de assessores.