O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tornou públicos, nesta quinta-feira (4), os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil referentes ao terceiro trimestre de 2025.
O mais recente Boletim Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira (1º), projeta crescimento do PIB de 2,16% para 2025. Para o trimestre de julho a setembro, o mercado estima alta de 0,2% em relação ao trimestre anterior e de 1,7% frente ao mesmo período de 2024.
O PIB corresponde ao total de bens e serviços finais produzidos em uma cidade, estado ou país, considerando apenas o valor desses bens e serviços e desconsiderando custos já incorporados em etapas anteriores de produção.
O IBGE consolida os dados que compõem o indicador, incorporando informações como a inflação medida pelo IPCA, balanços de pagamentos, pesquisas de orçamentos familiares e outros levantamentos.
Os resultados trimestrais do PIB são divulgados ao fim de cada trimestre, enquanto a soma anual é publicada no início do ano seguinte. Em 2024, o PIB acumulado do país foi de R$ 11,7 trilhões, um avanço de 3,4% na comparação com o ano anterior.
Decisores econômicos acompanham o indicador com atenção, pois ele sinaliza a produção, a demanda e o grau de atividade econômica.
Qual a importância do PIB?
Por ser um dos principais termômetros da economia, governos e agentes utilizam o número como base para definir políticas e medidas que impactam a vida da população.
Leituras positivas apontam para um cenário de crescimento, geração de empregos e maior distribuição de renda; por outro lado, resultados negativos indicam queda na produção, o que pode provocar menor dinamismo no comércio e aumento do desemprego.
Em entrevista à CNN Money, economistas ressaltaram, por exemplo, que a taxa Selic em 15%, patamar considerado elevado pelo mercado e usado para combater a inflação, acaba por frear a atividade econômica e contribui para a desaceleração do PIB no segundo trimestre, tendência que deve perdurar nos três meses subsequentes.
Composição do PIB
O indicador é formado por três componentes principais:
- Demanda: engloba o consumo das famílias, os investimentos das empresas e os gastos do governo.
- Oferta: contempla a produção dos setores agropecuário, industrial e de serviços no período.
- Renda: considera a distribuição do valor adicionado entre os setores, incluindo salários e outras fontes de renda, como aluguéis, lucros, juros e royalties.
Resultados do PIB brasileiro
O Brasil caminha para o quinto ano consecutivo de crescimento do PIB, tendo registrado a última queda em 2020, quando a pandemia provocou retração de 3,3%.
Se as projeções do mercado presentes no Boletim Focus se confirmarem, o avanço de 2,16% representará a primeira desaceleração da economia brasileira desde 2022.
Nos últimos 28 anos, a economia brasileira apresentou retração em quatro ocasiões: 2009 (após a crise financeira global), 2015 e 2016 (durante a recessão do segundo mandato de Dilma) e 2020 (em razão da pandemia).








