- Wenderson Gavassoni de Azevedo: administrador da empresa Blend Café, em Colatina, apontado como um dos investigados
- Márcio Barrozo Aranha: gestor de outras empresas citadas como supostamente envolvidas no esquema
Ao todo, 16 pessoas foram alvo de mandados de prisão, das quais 14 já foram detidas; entre elas estão empresários, produtores de café, contadores, “laranjas” e um policial civil, todos investigados por possível participação na prática criminosa. Os nomes constam em reportagem de A Gazeta.
A 3ª Vara Criminal de Linhares autorizou prisões preventivas por crimes contra a ordem econômica (Lei 8.137); as medidas foram mantidas em audiências de custódia realizadas na tarde desta sexta-feira (28).
Foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão, um em Muriaé (MG), outro em Aracaju (SE) e os demais nas cidades capixabas de Colatina, Governador Lindenberg, Guaçuí, Irupi, Linhares, Rio Bananal, Serra, Vila Velha e Vitória. Estima-se prejuízo superior a R$ 400 milhões aos cofres estaduais.
A investigação aponta para uma organização criminosa integrada por empresários, contadores, “laranjas”, funcionários de empresas e produtores de café. Informações iniciais indicam que o grupo teria montado um suposto esquema de fraudes fiscais ligado à comercialização de café em todo o Espírito Santo.
Nas buscas foram apreendidos cerca de R$ 360 mil, três armas, joias, além de aparelhos celulares, computadores e documentos que serão analisados pelos investigadores. Também foram indisponibilizados 190 veículos na operação.
A ação envolveu o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf); a Secretaria da Fazenda (Sefaz), com a Receita Estadual; e a Receita Federal. Recebeu ainda apoio técnico e operacional do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar, ambos do MPES, da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e dos Ministérios Públicos de Sergipe e de Minas Gerais.
Posicionamento das defesas
Os advogados Leandro de Oliveira e Anna Santos, que representam Márcio Barrozo, comunicaram por meio de nota que o caso tramita em segredo de justiça, razão pela qual todos os esclarecimentos serão prestados exclusivamente nos autos do processo.
Os defensores disseram confiar nas autoridades responsáveis e no devido processo legal. Afirmaram que Márcio está colaborando e acredita que provará sua inocência ao longo da investigação e, caso haja denúncia, durante a instrução criminal.
O advogado Dionisio Balarine declarou que atua apenas em favor da empresa Blend Café. Um membro do escritório onde ele atua ainda estava em processo de seleção para assumir a defesa criminal de Wenderson.








