No Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres, nesta terça-feira (25), a Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) promove a ação “Meta a Colher”, que ocorrerá das 11h às 14h30 na calçada em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), com a participação das redes de atendimento e de proteção às mulheres da capital.
A atividade integra a programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, movimento global que destaca a necessidade de prevenção e enfrentamento das variadas formas de violência.
A iniciativa busca sensibilizar a população e provocar reflexão sobre comportamentos que geram desrespeito e violência contra meninas e mulheres, além de divulgar os serviços disponíveis no município.
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, ressaltou que a ampliação das escolas em tempo integral e a criação da Casa Rosa atenderam demandas antigas da cidade e que, atualmente, essas ações se somam a políticas integradas de educação, assistência social, saúde, cidadania e segurança, capazes de transformar vidas: “Com mais proteção às mulheres, educação de qualidade para as crianças e suporte às famílias, cria-se esperança e uma cidade mais segura. Vitória está há 530 dias sem registros de feminicídio e registrou uma queda histórica de 67% nos homicídios. Políticas públicas integradas e bem planejadas realmente mudam realidades”, afirmou.
Luciano Forrechi, secretário municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, enfatizou que a responsabilidade de combater a violência contra mulheres é coletiva: “Não é função exclusiva do Estado; cada cidadão pode contribuir. Ao acolher, orientar e denunciar, preserva-se vidas e constrói-se uma sociedade mais justa.”
Adelina Diniz, gerente de Proteção à Mulher da Semcid, explicou que a campanha Meta a Colher valoriza a empatia e a intervenção: “A ideia é mostrar que não é preciso ser especialista para ajudar; um gesto simples, uma palavra de apoio ou a denúncia podem alterar o rumo da vida de uma mulher em situação de violência.”
O que significa “meter a colher”?
Meter a colher não consiste em se colocar no meio de uma briga, mas em adotar práticas que podem salvar vidas. A campanha convoca toda a sociedade a acolher, orientar e denunciar.
Como agir?
Acolher: Ao identificar alguém em relacionamento abusivo, pergunte se pode ajudar e escute com atenção, sem julgamentos nem culpabilizações.
Orientar: Há profissionais e serviços preparados para prestar apoio. Mulheres vítimas de violência por parceiros, ex-parceiros ou outras pessoas podem procurar o Centro de Referência em Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Cramsv) para atendimento com assistentes sociais e psicólogas, buscar orientação na Casa Rosa, ser abrigadas em local sigiloso e solicitar medidas protetivas, inclusive por meio do Botão Maria da Penha, que impede a aproximação do agressor.
Informar-se: Conhecer o que configura violência doméstica e familiar, saber como oferecer suporte e identificar os serviços disponíveis no município. O Cramsv também está presente nas redes sociais: Instagram @cramsv.
Denunciar: Em situações de urgência, acione o 190. Para pedir medidas de proteção e formalizar denúncias, procure o Cramsv ou uma delegacia da mulher. Também é possível ligar para o 180.
Serviço
Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cramsv)
Casa do Cidadão: Avenida Maruípe, 2.544, Itararé
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Telefones: (27) 3382-5391 e 98125-0138
Casa Rosa
Rua Hermes Curry Carneiro, 360, Ilha de Santa Maria
Telefones: (27) 3332-3290 e (27) 98107-0192
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h









