Luz, Câmera, Ação… e Consciência!
Quem nunca soltou aquele “Uai!” de surpresa ao descobrir um evento cultural imperdível e, melhor ainda, de graça? Pois é, Novembro, mês da Consciência Negra, chegou para nos presentear com uma viagem cinematográfica que é pura potência: a mostra “Presenças Negras” no Sesc Glória!
É a oportunidade de mergulhar em narrativas negras do Brasil e da África que, convenhamos, ainda são muito pouco vistas nas telas mainstream.
De 5 a 29 de novembro, o Sesc Glória, exibe 15 longas e 3 curtas-metragens que são verdadeiros tesouros. E a pergunta que não quer calar – e a gente adora um bom mistério de roteiro – é: Será que estamos realmente valorizando o cinema negro em sua totalidade, ou ele ainda é uma “presença” (como o nome da mostra sugere) mais marginal do que central?
O coração dessa mostra, batendo forte no ritmo de um tambor africano, é a retrospectiva completa de Djibril Diop Mambéty (1945-1998). O senegalês é um titã do cinema mundial, e ter a chance de ver seus quatro longas – como o seminal “Touki Bouki” (1973), que influenciou gente pra caramba, e o potente “Hienas” (1992) – é aula de História e Arte de graça.
“Ir ao cinema é viajar. A Mostra Presenças Negras é uma viagem pelo Brasil, a partir do Espírito Santo, fazendo conexão com Burkina Faso, Senegal, Nigéria, Níger e Quênia.” – André Felix, programador de Audiovisual do Sesc-ES
Os números não mentem e dão aquele “soco no estômago” que nos faz parar de rir por um instante: dados do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) de 2023 mostram que menos de 3% dos filmes produzidos no Brasil são dirigidos por pessoas negras. Repito: menos de 3%! Por isso, a mostra tem o objetivo de valorizar e aproximar a população negra e periférica das atividades, linguagens e aparelhos culturais. Isso não é só uma estatística; é um déficit de representatividade que a Mostra “Presenças Negras” tenta, corajosamente, confrontar.
Ao trazer obras brasileiras contemporâneas como “Black Rio! Black Power!” (2024), de Emilio Domingos, e “Kasa Branca” (2024), de Luciano Vidigal, a mostra nos força a enxergar as nossas próprias narrativas, as nossas cidades e os nossos dilemas por lentes que são, muitas vezes, invisibilizadas. E ainda da capixaba Natalia Dornelas, “Sola” (2025).
Sério, a programação é uma agenda de respeito! Além de Mambéty, temos a oportunidade de assistir ao drama LGBTQIA+ queniano “Rafiki” (2018), que enfrentou a censura em seu país, e a pérola brasileira “Um Dia com Jerusa” (2020), de Viviane Ferreira.
E o Sesc Glória ainda turbina a experiência: teremos seis sessões comentadas com convidados para debater os filmes.
Então, galera esperta, a Mostra “Presenças Negras” não é só um evento social bacana para preencher a agenda de novembro. É uma declaração de valor, um ato político-cultural e, convenhamos, uma chance única de ver cinema de alta qualidade de graça aqui no coração de Vitória.
A resposta é simples: Vá ao Sesc Glória! Leve a crush, os amigos da faculdade, a família. O endereço tá na mão (Rua Mestre Álvaro, 315 – Centro, Vitória), a entrada é gratuita e a programação está completa no site do Sesc-ES. Não perca a chance de viajar pelo mundo sem precisar de visto ou mala.
Programação e horários
A mostra funciona de quarta a sábado, com horários diferenciados, e todas as sessões encerram às 21h.
– De quarta a sexta-feira, em quatro horários: 12h, 17h30 (Sala 1), 18h30 (Sala 2) e 19h.
– Sábado, em seis horários: 12h, 14h30 (Sala 1), 15:30h (Sala 2), 17h30 (Sala 1), 18h30 (Sala 2) e 19h.
Nos dias 20 e 21 de novembro, feriado da Consciência Negra, não haverá exibição.
SERVIÇO:
Data: 05 a 29 de novembro
Dias: Quarta a sábado, exceto 20 e 21 de novembro
Horários:
Quarta a sexta-feira: 12h, 17h30 (Sala 1), 18h30 (Sala 2) e 19h
Sábado: 12h, 14h30 (Sala 1), 15:30h (Sala 2), 17h30 (Sala 1), 18h30 (Sala 2) e 19h.
Local: Cinema Sesc Glória – Salas 1 e 2
Endereço: Rua Mestre Álvaro, 315 – Centro, Vitória
Entrada: Gratuita
Classificação: Varia por filme, de 10 a 18 anos
Acesse a programação completa no site do Sesc-ES: www.sesc-es.com.br








