Os animais de estimação são parte da família, mas, diferentemente das pessoas, eles não conseguem usar palavras para expressar quando algo não vai bem. Muitas vezes, o estresse se manifesta por meio de mudanças no comportamento e até na saúde física. Identificar esses sinais é o primeiro passo para proporcionar uma vida mais tranquila e saudável ao companheiro de quatro patas.
Entre os indícios mais comuns de que o pet pode estar sob tensão estão as alterações de comportamento. Isso inclui o animal se lamber excessivamente, a ponto de criar feridas, ou arrancar pelos. Outro sinal claro é a destruição de móveis, sapatos e outros objetos quando ele fica sozinho, um comportamento muitas vezes associado à ansiedade de separação.
Mudanças nos hábitos também acendem um alerta. A perda de apetite ou, pelo contrário, um aumento na ingestão de comida podem ser formas de demonstrar desconforto. A agressividade repentina, seja com pessoas ou com outros animais, é outro sinal de que o pet não está em seu estado emocional normal. Além disso, tentativas constantes de se esconder ou uma inquietação fora do comum, com o animal andando de um lado para o outro sem parar, são comportamentos típicos de estresse.
Para ajudar um animal estressado, pequenas mudanças na rotina podem fazer uma grande diferença. A primeira recomendação é garantir um ambiente seguro e previsível. Manter horários regulares para passeios, refeições e brincadeiras transmite uma sensação de segurança ao pet.
Oferecer um refúgio tranquilo dentro de casa é fundamental. Esse local deve ser um cantinho onde ele não seja incomodado, como uma caminha confortável ou uma caixa de transporte aberta, longe do barulho e da movimentação da casa.
O enriquecimento ambiental é uma poderosa ferramenta. Brinquedos interativos que dispensam petiscos, ossos próprios para roer e sessões de brincadeira que estimulem o corpo e a mente podem reduzir significativamente o tédio e a ansiedade.
Aumentar a frequência e a qualidade dos passeios é especialmente benéfico para os cães. Novos cheiros, paisagens e a oportunidade de gastar energia contribuem para o bem-estar mental. Para todos os pets, o reforço positivo é a chave. Recompensar comportamentos calmos com carinho e petiscos incentiva a repetição dessas atitudes.
Por fim, em casos onde os sinais são intensos ou persistentes, buscar orientação profissional é crucial. Um veterinário pode descartar causas físicas para o problema e, se necessário, encaminhar o animal para um especialista em comportamento animal, que poderá elaborar um plano de tratamento personalizado.
Cuidar da saúde mental do pet é um ato de amor. Observar, compreender e agir são os pilares para garantir que nossos fiéis companheiros tenham uma vida não apenas longa, mas também feliz e serena.







