Com a CPI do Crime Organizado em funcionamento, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da comissão, com 6 votos. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) obteve 5 votos e ocupará a vice-presidência. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi indicado relator. A comissão terá 120 dias para apurar a atuação e a expansão de facções e milícias no país, com ênfase em medidas para a segurança pública.
Transcrição
Na instalação da CPI do Crime Organizado, os parlamentares elegeram Fabiano Contarato (PT-ES) para conduzir os trabalhos. A votação terminou 6 a 5 a favor dele sobre Hamilton Mourão. Contarato, que foi delegado de polícia por 27 anos, disse que pretende aplicar essa experiência nas investigações da comissão.
(senador Fabiano Contarato) Afirmou que o país está sob o domínio do medo, como ocorre nas organizações Comando Vermelho e PCC, e observou que, na ausência do Estado, o temor se espalha e acaba por legitimar qualquer ação. Ressaltou o compromisso de buscar soluções para assegurar a garantia constitucional de que a segurança pública é direito de todos e dever do Estado.
O senador Alessandro Vieira, autor da proposta de criação da CPI e filiado ao MDB de Sergipe, foi designado relator da comissão. Defendeu que os trabalhos sejam técnicos, afastados de disputas políticas.
(senador Alessandro Vieira) Afirmou que a discussão promovida pela CPI é urgente para estabelecer prioridades e construir consensos técnicos acima das contendas políticas. Destacou que o debate político é saudável na democracia, mas que a comissão deve trabalhar com seriedade para oferecer ao país um diagnóstico claro sobre o que ocorre e o que funciona em segurança pública, observando que a atividade é complexa, mas sem mistérios quando prevalece o espírito público adequado.
Os membros da CPI do Crime Organizado têm 120 dias para investigar a atuação, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas no país, com atenção especial a facções e milícias. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.








