O mercado mundial de smartphones voltou a crescer em 2025. Segundo o relatório mais recente da Counterpoint Research, a receita global subiu 5% no terceiro trimestre, atingindo um novo recorde para o período, enquanto as remessas cresceram 4%, totalizando 320 milhões de unidades vendidas. Mesmo com a economia global instável, os números mostram que o setor segue em atividade.
Apple e Samsung seguem no topo
A Apple teve um trimestre notável, com avanço de 6% na receita e 9% de crescimento nas remessas. Apesar da leve queda no preço médio, a performance foi puxada pela boa aceitação da linha iPhone 17, especialmente do modelo padrão; o iPhone 16e também contribuiu de forma relevante para o volume.
A Samsung manteve a liderança global, com 19% de participação de mercado e 9% de aumento na receita. O desempenho da família Galaxy S25 e dos dobráveis Z Fold7 e Z Flip7 ajudou a elevar o preço médio de venda em 3%, e a aposta em aparelhos premium consolidou ainda mais a posição da empresa.
Xiaomi avança em mercados emergentes
A Xiaomi garantiu o terceiro lugar global, com 14% de participação, alta de 2% em relação ao ano anterior. Esse avanço foi impulsionado por mercados emergentes — Sudeste Asiático, Oriente Médio, África e América Latina —, compensando recuos em regiões mais maduras.
A estratégia do CEO Lei Jun privilegia inovação acessível e design de alto padrão, combinação que vem dando resultados. Produtos como o Xiaomi 15 e o Redmi K80 Ultra foram bem recebidos.
Entre as demais chinesas, a OPPO registrou o maior aumento no preço médio de venda entre as cinco maiores marcas, com alta de 3,4% ano a ano, com destaque para a série Reno 14. A vivo teve a elevação de receita mais rápida, com 12% de crescimento anual, impulsionada por resultados fortes em mercados como Índia, Indonésia e Arábia Saudita.
No Brasil, Apple cresce e assume vice-liderança
Segundo dados da StatCounter, a Samsung encerrou setembro com 32,88% de participação, mantendo vantagem confortável, mas abaixo dos 37,12% de agosto. A Apple subiu para 16,74%, registrando a maior alta do mês e retomando uma posição que não ocupava há meses. A Motorola caiu para 15,57%, em terceiro, enquanto a Xiaomi praticamente empatou com o Google: 12,93% contra 12,95%, respectivamente.
No ranking também aparecem marcas com fatias menores, como realme, LG, Infinix e Tecno. Marcas tradicionais como ASUS, Huawei e Nokia permanecem fora do top 10, evidenciando a concentração do mercado brasileiro em poucos grandes fabricantes; ainda assim, há expectativa de expansão para empresas como realme, Infinix, Tecno e Huawei, que têm investido em novos lançamentos no país.







