O governo dos Estados Unidos vai adiar por um ano uma norma recente que aumentou significativamente o número de empresas chinesas sujeitas a severas limitações no acesso à tecnologia americana, afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nesta quinta-feira (30).
Negociação bilateral
Esse acordo, firmado durante a cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, foi a contrapartida pelo adiamento por um ano das restrições chinesas às exportações de minerais de terras raras: insumos essenciais para tecnologias e predominantemente controlados pela China.
Ao ser questionado na Fox Business Network sobre a chamada regra das afiliadas, Bessent respondeu: “Sim, vamos suspender essa norma por um ano em troca da suspensão… do regime de licenciamento de terras raras.”
A disposição, anunciada pelo governo Trump em 29 de setembro e alvo de fortes críticas de Pequim, praticamente proibiu que empresas chinesas com pelo menos 50% de participação de entidades previamente sancionadas recebessem exportações de tecnologia provenientes dos Estados Unidos.
Alcance e impacto
A medida, que pretendia dificultar o uso de subsidiárias por grupos chineses para adquirir tecnologia sujeita a controles, passou a atingir cerca de 200 mil novas empresas chinesas, sujeitas a restrições de exportação para os EUA, segundo relatório recente da WireScreen.
Segundo Bessent, em entrevista, a moratória decorre do fato de Trump e Xi terem tratado questões importantes com elevado grau de respeito na reunião que mantiveram mais cedo, na Coreia do Sul.








