O próximo Grand Theft Auto (possivelmente não chamado de GTA 7) não será produzido com inteligência artificial, garantiu Strauss Zelnick, CEO da Take-Two Interactive. Em um encontro com líderes do setor de tecnologia em Nova York, ele afirmou que, apesar das capacidades da IA, seu impacto real na criação e produção de videogames continua sendo “limitado”.
IA e desenvolvimento de jogos
Zelnick salientou que não é contra a tecnologia, mas apontou barreiras ao seu uso exclusivo em jogos. Uma delas é a questão da propriedade intelectual. “É necessário proteger as próprias criações e respeitar as dos outros. Quando algo é gerado por IA, não há como assegurar os direitos sobre essa produção”, afirmou.
A criatividade é outro ponto crucial. Segundo o executivo, a IA trabalha com dados pré-existentes e tende a gerar resultados derivados. “Mesmo que fosse possível apertar um botão e criar um plano de marketing para GTA, o resultado não seria adequado. Seria algo sem originalidade”, disse ele.
Criatividade, propriedade e inovação
Segundo Zelnick, o sucesso da Take-Two vem da inovação constante das equipes internas. “A meta da companhia é construir franquias duradouras. A Rockstar Games busca sempre a perfeição em seus títulos, algo que a IA, fundamentada apenas em dados, não consegue reproduzir”, explicou.
Ele reforçou que, embora a inteligência artificial seja eficiente em tarefas previsíveis, apresenta limitações para criar experiências inéditas e singulares, exatamente o diferencial de jogos como GTA em relação a outras produções.
Atualmente, a Take-Two tem 11 franquias com mais de cinco milhões de cópias vendidas cada e dezenas de jogos mobile populares. Para Zelnick, preservar a criatividade humana é crucial para manter esse padrão de sucesso.
“Modelos de IA não produzem criatividade, pois dependem de dados pré-existentes. O foco continua sendo a inovação autêntica de nossas equipes”, concluiu o CEO.
GTA 6 tem lançamento marcado para 26 de maio de 2026 nas plataformas PS5 e Xbox Series S|X.







