Na manhã da última segunda-feira (20), o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos (União), receberam o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite (MDB), para tratar do diálogo sobre os investimentos ferroviários previstos na renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
Ferraço afirmou que esse canal de interlocução é saudável e impulsiona o desenvolvimento social e econômico em ambos os estados, com efeitos positivos também para o Centro-Oeste. Segundo ele, a ligação histórica entre Minas Gerais e Espírito Santo tem potencial para modernização e expansão, ampliando a parceria comercial por meio de um fluxo contínuo de exportações e importações. O vice-governador ressaltou que os últimos anos apontam expectativas promissoras e que os maiores aportes em infraestrutura portuária do país estão no Espírito Santo, destacando a importância da cooperação entre os estados.
A ação conjunta busca alinhar iniciativas que favoreçam a construção de trechos ferroviários, com o objetivo de aumentar a competitividade no transporte de cargas entre as duas unidades federativas.
O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos, enfatizou que, quando uma pauta aproxima estados vizinhos em torno de um objetivo comum, o resultado é crescimento compartilhado. Ele afirmou que o contorno de Belo Horizonte acelerará o transporte, reduzirá custos logísticos e fortalecerá a integração entre Espírito Santo e Minas Gerais, que já mantêm estreitos vínculos. Citou, ainda, a atuação parlamentar como exemplo de como ideias podem se transformar em benefícios concretos para o país.
A Ferrovia Centro-Atlântica possui 7.856 quilômetros de malha e está sob gestão da VLI Logística desde 2011. A rede ferroviária interliga sete estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal. Está em análise a renovação antecipada da concessão por mais 30 anos (até 2056), com previsão de quase R$ 30 bilhões em investimentos destinados à modernização da infraestrutura.
Corredor Centro-Leste
A pauta da reunião incluiu também o contorno da Serra do Tigre e a variante de Itabira, intervenções que darão origem ao corredor Centro-Leste Ferroviário, conectando a FCA à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). As duas obras estão localizadas em Minas Gerais.
Com a implantação do corredor Centro-Leste, será aberta uma nova rota que facilitará o escoamento de cargas provenientes do Noroeste de Minas e do Leste de Goiás rumo aos portos do Espírito Santo, assim como o transporte inverso de insumos e mercadorias importadas.
Fonte: POLÍTICA ES








