Demissões de servidores públicos nos EUA em meio a paralisação federal
As autoridades norte-americanas começaram a demitir funcionários públicos durante o fechamento do governo, apoiado pelos democratas.
A administração presidencial confirmou, na última sexta-feira, que a medida já estava sendo implementada. A decisão segue orientações do então presidente Donald Trump, que defendia a redução da máquina pública e cortes orçamentários.
Trata-se do primeiro fechamento de governo em quase sete anos. O episódio anterior, em 2018, também ocorreu na era Trump e prolongou-se por 35 dias, o período mais extenso já registrado no país.
Segundo veículos de comunicação americanos, os cortes afetam diversas áreas da administração federal.
Órgãos como Comércio, Educação, Energia, Segurança Interna, Saúde e Tesouro já começaram os processos de desligamento. Somente na secretaria do Tesouro, estima-se que 1,3 mil empregados serão afetados.
Russell Vought, diretor do orçamento da Casa Branca, afirmou na rede social X que “os RIFs começaram”, termo que designa a redução de pessoal no serviço público dos Estados Unidos.
Uma paralisação federal ocorre quando o Legislativo não aprova o orçamento nacional. Sem essa aprovação, repartições e órgãos governamentais interrompem ou limitam suas atividades.
Atividades consideradas vitais, como defesa nacional, unidades de saúde e operações militares, permanecem em funcionamento.
Áreas classificadas como não críticas, incluindo instituições culturais, unidades de preservação ambiental e grande parte do funcionalismo, têm seus serviços suspensos.
Como consequência, muitos servidores são afastados provisoriamente, enquanto outros continuam trabalhando sem garantia de remuneração.
Paralelo com a crise orçamentária de 2018
No primeiro mandato, Trump vetou a aprovação do orçamento para pressionar pela liberação de recursos destinados à construção do muro na fronteira com o México. O conflito resultou na maior paralisação governamental da história dos EUA, afetando 800 mil funcionários e causando perdas de US$ 3 bilhões.
Atualmente, o impasse concentra-se em verbas para a área da saúde e iniciativas sociais. Estimativas indicam que aproximadamente 750 mil servidores federais estão sem receber seus vencimentos.








