5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

“Tron: Ares” leva a IA para o mundo real e explora a vida conectada

O longa-metragem Tron: Ares chega aos cinemas do Brasil com uma narrativa atual: um Programa, entidade digital da série, é transportado para a realidade humana, estabelecendo o primeiro contato entre pessoas e uma inteligência artificial fora da Grade, o universo virtual da franquia. Dirigido por Joachim Rønning, o filme reúne um elenco estrelado: Jared Leto, Greta Lee, Evan Peters, Jodie Turner-Smith, Hasan Minhaj, Arturo Castro e Cameron Monaghan, com participações de Gillian Anderson e Jeff Bridges.

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Tron: Ares situa a saga no centro de discussões sobre tecnologia, explorando os limites entre o digital e o físico. Como um ser programado para obedecer ordens reage ao enfrentar a complexidade do mundo real? E que implicações isso traz para a interação cotidiana com algoritmos, desde o conteúdo nas redes sociais até sugestões de consumo?

Sinopse e contexto: o lugar de Ares na linha do tempo

  • Ares é a terceira produção da série, seguindo diretamente Tron (1982) e Tron: O Legado (2010).
  • Um Programa avançado é despachado do ambiente virtual para cumprir uma tarefa perigosa, marcando o primeiro contato entre humanos e uma IA fora de um ecossistema controlado.
  • O elenco principal traz Jared Leto como Ares e Greta Lee, com a participação especial de Jeff Bridges.
  • A obra mantém a cronologia estabelecida, mas explora o conflito entre o abstrato e o material, facilitando o acesso a novos públicos sem abandonar os temas tecnológicos essenciais da franquia.

Em Tron: Ares, o personagem principal transcende a condição de mero código e passa a enfrentar desafios como interpretar contextos, decifrar sinais ambíguos e fazer escolhas sob as limitações da realidade: obstáculos que ainda são barreiras para sistemas de IA e robótica em ambientes não controlados. Ao levar a ação para locais reais, o enredo substitui comandos precisos por cenários caóticos, alinhando a ficção aos dilemas de segurança, ética e responsabilidade que permeiam a integração de tecnologias em estruturas físicas.

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Joachim Rønning comparou a evolução do protagonista a um conto clássico e disse à revista Empire: “Para evitar clichês, mas sempre vi Ares como uma versão moderna de Pinóquio. Ele deseja se tornar humano.” A analogia esclarece seu desenvolvimento sem termos técnicos: a trama aborda não apenas a capacidade computacional, mas também conceitos como consciência, empatia e tomada de decisões — debates fundamentais sobre a autonomia de máquinas.

Da realidade virtual ao palpável: efeitos que dão credibilidade

Embora Tron tenha sido pioneiro em efeitos digitais, Ares prioriza cenários práticos para adaptar a estética da série a um contexto mais familiar. Itens como as célebres Motos de Luz foram produzidos fisicamente e filmados em ação, conferindo realismo às cenas de perseguição e evitando um visual excessivamente artificial.

Usar ambientes reais altera a forma como o público percebe o perigo e a presença dos personagens. Ao capturar interações palpáveis, a equipe desenvolve uma estética que equilibra o espetacular com o verossímil, estratégia semelhante à adotada em testes de hardware e demonstrações de conceito.

Videogames como inspiração: lógica de sistemas e cultura gamer

Desde sua estreia, a franquia Tron constrói sua mitologia usando a estrutura dos jogos: regras definidas, respostas visuais e desafios em evolução. Ares mantém essa essência, adaptando-a a uma época em que ferramentas 3D conectam cinema e jogos digitais, enquanto eventos presenciais como feiras e competições influenciam produtos e comunidades.

Na prática, a obra opera como um “jogo ampliado”: iluminação neon, interfaces que indicam status e cenários projetados como estágios de desafio. Esses elementos resgatam a trajetória da série no universo gamer e exploram novas formas de imersão para além das telas.

Tecnologia no dia a dia: identidade, proteção de dados e interfaces

Objetos icônicos de Tron, como discos que armazenam informações, veículos que traçam barreiras luminosas e espaços regidos por normas digitais, servem como representações de identidade virtual, segurança cibernética, pegadas digitais e sistemas de proteção; elementos que podem ser formados e violados em instantes.

A introdução do Programa ao mundo real suscita dúvidas semelhantes às enfrentadas por quem estuda IA generativa e automação: como fiscalizar escolhas algorítmicas? Como corrigir vieses quando a tecnologia ultrapassa espaços controlados? Tron: Ares oferece um laboratório ficcional para refletir sobre aplicações e fronteiras, usando a linguagem do entretenimento.

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