O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu uma coletiva acompanhado por seu gabinete nesta quinta-feira (9) e comentou a primeira etapa de seu plano de paz para o Oriente Médio, com o objetivo de estabelecer um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas.
Na abertura da reunião na Casa Branca, afirmou acreditar que se trata de uma paz duradoura e expressou a esperança de que ela se torne eterna, referindo-se à paz no Oriente Médio.
Segundo o republicano, os reféns remanescentes mantidos pelo Hamas em Gaza devem ser libertados na segunda ou na terça-feira da semana seguinte. Ele disse que recuperá-los é um processo complexo e preferiu não detalhar as medidas necessárias para o resgate, observando que há lugares onde ninguém quer estar. Acrescentou que será um dia de alegria.
O presidente declarou ainda a intenção de viajar à região para “formalizar” a assinatura do acordo, incluindo uma parada no Egito, palco das negociações, e agradeceu aos mediadores árabes por tornar possível o entendimento entre Israel e o Hamas.
O republicano elogiou os esforços de sua administração para viabilizar o acordo com Israel e o Hamas, resultante de três dias de negociações, e afirmou que esse conflito representa o oitavo que seu governo resolveu, sinalizando que a guerra na Ucrânia seria o próximo alvo de negociação.
Em seguida, afirmou que, antes deste, já haviam sido resolvidas sete grandes guerras ou conflitos, e que esperava que o entre Rússia e Ucrânia tivesse sido, talvez, o mais rápido, embora ainda não tenha ocorrido; manifestou, contudo, a convicção de que esse também será solucionado.
O americano listou como vitórias de sua gestão a mediação em conflitos entre Camboja e Tailândia; Kosovo e Sérvia; República Democrática do Congo e Ruanda; Paquistão e Índia; Israel e Irã; Egito e Etiópia; e Armênia e Azerbaijão.
O presidente lamentou que, enquanto não se alcança o fim das hostilidades entre Kiev e Moscou, cerca de 7.000 pessoas estejam morrendo por semana, situação que classificou como “bastante grave”.
Destacou que a maior parte dessas vítimas são soldados, “jovens soldados”, observando que eles vão à guerra e estão sendo mortos. Acrescentou que, embora o conflito não afete muito seu país por conta do oceano que o separa, ninguém deseja que isso aconteça.
Trump afirma que ataques ao Irã favoreceram “união” em prol de acordo para Gaza
Na reunião do gabinete, o presidente afirmou que os ataques a instalações nucleares iranianas, em junho, contribuíram para que países se unissem em torno das negociações de um cessar-fogo para Gaza.
Explicou que considera o ataque importante para conter o Irã, pois, segundo ele, sem essa ação o país provavelmente já teria uma ou várias armas nucleares. Por isso, disse, mesmo que um acordo fosse assinado haveria uma grande “nuvem escura” sobre ele, o que mudaria o contexto; afirmou também que Teerã é favorável ao cessar-fogo.
O presidente declarou que o Irã está em outra postura e quer trabalhar pela paz, e disse que gostaria de ver o país se reconstruir, desde que não desenvolva energia nuclear.








