No dia 1º de outubro foi comemorado o Dia Internacional da Música. Esta data instituída em 1975 pelo violinista e maestro americano Lord Yehudi Menuhin, então presidente do Conselho Internacional de Música – IMC, organização vinculada à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO.
A data foi pensada para promover a arte musical em todos os setores da sociedade, divulgar a diversidade musical de todos os povos, aplicar os ideais de paz e amizade entre os povos por meio da música e incentivar a cooperação internacional através de atividades de intercâmbio cultural.
Para o IMC a música é uma linguagem universal, capaz de unir pessoas de diferentes culturas e gerações. A data serve para reforçar essa ideia e para conscientizar sobre a importância da música como expressão humana.
Na nossa vida diária percebemos que a música atua como uma ferramenta poderosa para promover nosso bem-estar psicológico e emocional. Geralmente utilizamos a música para refletir ou modificar nosso estado de espírito. Quem nunca colocou uma música animada em busca de disposição ou motivação para iniciar suas tarefas diárias ou colocou uma playlist para relaxar e acalmar os pensamentos no fim do dia?
Mesmo para quem não quer tocar nos grandes palcos, a prática da música pode ser benéfica. Tocar um instrumento musical é considerado um dos exercícios mais completos para o cérebro, pois fortalece as conexões neurais e promove a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões ao longo da vida. Isso pode melhorar funções cognitivas como a linguagem e o raciocínio espacial.
Quem toca um instrumento coloca em ação uma série de funções cerebrais. Usamos nossa visão ao ler uma partituras, nossa audição, ao ouvir o que nós e nosso grupo musical está tocando. Também envolvemos o tato para sentir as teclas, cordas ou a embocadura do nosso instrumento, desenvolvemos a motricidade fina ao coordenar os movimentos precisos de dedos, mãos, pés e boca, e a cognição para processar ritmo, harmonia, melodia e interpretação.
Essas atividades promovem mudanças estruturais no nosso cérebro que se traduzem no desenvolvimento de habilidades como memória de trabalho, ligada à manutenção e manipulação de informações na mente, controle inibitório, que é a capacidade de ignorar distrações e focar no que é importante.
Além disso, tocar um instrumento é uma maneira de expressarmos e processarmos nossas emoções. É uma atividade que serve, portanto, como uma válvula de escape saudável para o estresse, a ansiedade e a tristeza.
A prática musical também requer concentração profunda, que pode induzir um estado de imersão total e prazerosa. É considerada uma tarefa altamente recompensadora e restauradora para a mente.
Também ajuda no desenvolvimento de autoestima e disciplina. A sensação de domínio, de aprender uma nova música ou superar um desafio técnico, gera uma enorme satisfação e fortalece a autoconfiança, além de cultivar disciplina e paciência.
A música, portanto, não é um mero passatempo, ela é uma ferramenta neuroquímica poderosa e acessível que pode moldar nossas emoções, fortalecer nossa mente e conectar-nos com nós mesmos e com os outros.
Ao comemorar o Dia Internacional da Música, celebramos o papel e a importância dessa arte na nossa sociedade e em nossas vidas. Música não é só música! Música é vida!







