Os sinais da doença nem sempre são severos e variam entre os indivíduos, afirma a médica responsável pelo Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla (CTEM) da Rede Mater Dei, em Belo Horizonte. Ela ressalta, porém, que alguns sintomas aparentemente banais merecem atenção e justificam a busca por avaliação especializada.
Acordar com formigamento no braço direito é um exemplo: pode tratar-se de um leve formigamento sem perda de força óbvia, que o paciente atribui a ter dormido sobre o membro ou a um treino diferente na academia. Mesmo assim, alterações sensitivas são sinais frequentes da Esclerose Múltipla, alerta a especialista.
Alterações visuais, como dor ocular, visão turva e cefaleia, também ocorrem com frequência e muitas vezes passam despercebidas ou desaparecem espontaneamente. Podem surgir perda de força, tontura, frequentemente confundida com labirintite, e desequilíbrio ao caminhar, entre outros sintomas; contudo, os mais prevalentes envolvem sensibilidade, força muscular e visão.
Por que as mulheres são mais afetadas?
De modo geral, explica a neurologista, as doenças autoimunes, incluindo a Esclerose Múltipla, têm maior incidência entre as mulheres. A combinação de predisposição genética e fatores hormonais, junto a gatilhos ambientais, aumenta a probabilidade de o sistema imunológico reagir de forma exagerada nelas.
Além desses fatores, a médica destaca o ritmo de vida e o estresse vividos por muitas mulheres, capazes de precipitar surtos. Não existe um exame único e definitivo para diagnosticar a Esclerose Múltipla, observa a especialista, que compartilha informações sobre a condição em um canal nas redes sociais aqui.








