Renato Casagrande, governador do Espírito Santo (PSB), afirmou na segunda-feira (15), em entrevista à CNN, que é preciso definir uma “dosimetria mais adequada” para um eventual projeto de anistia dirigido aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Debate sobre anistia e dosimetria
Casagrande observou que a maioria da sociedade brasileira, segundo pesquisas, não aceita anistia para quem participou de agressões às instituições; por isso, destacou a necessidade de uma solução equilibrada.
O governador acrescentou que o Congresso pode analisar a questão para definir uma medida com dosimetria e dimensão mais adequadas ao tema, visando reduzir a polarização política.
Posição dos governadores
Casagrande declarou que governadores aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foram convocados para tratar diretamente do assunto e que é essencial baixar o tom político antes das eleições de 2026.
Segundo ele, a maioria dos governadores não está envolvida no tema. Embora a imprensa tenha citado o suposto envolvimento de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, nos diálogos entre governadores não se observa participação ampla. Não houve pedido do governo federal para que os governadores se engajassem no assunto, portanto o grupo não participa, afirmou Casagrande.
O governador destacou ainda que o debate sobre uma eventual anistia precisa ser tratado com cautela para atenuar tensões políticas e sociais.
Ele disse esperar que o tema seja resolvido de alguma forma para aliviar a polarização antes da próxima eleição, lembrando os efeitos nocivos desse tensionamento, não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, onde há perda de vidas e casos de agressão entre cidadãos. Reduzir esse clima, segundo ele, é muito importante.








