A Sputnik Brasil entrevistou Igor Pereira, um cidadão brasileiro que decidiu integrar o Exército russo para defender a multipolaridade e enfrentar o projeto globalista dos países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia.
Pereira afirmou combater ao lado da Rússia em defesa da multipolaridade e por apoiar a aliança do BRICS, colocando-se em oposição à OTAN, que considera opressora em relação aos países mais pobres e empenhada em conter o avanço russo; também declarou solidariedade ao povo russo.
Segundo ele, é brasileiro, afirmou que seu nome tem origem 100% russa e destacou o apreço pela forma como os russos tratam as pessoas e administram o país, ressaltando que a Rússia está entre as principais potências mundiais, tanto militar quanto economicamente.
Treinamento e preparação
O entrevistado disse que está há oito meses no Exército russo. O preparo, que varia de um a três meses conforme a unidade, é rigoroso e inclui treinamento para combates em ambientes hostis, noções de primeiros socorros e manejo de explosivos, o que revela a capacitação típica de uma das maiores forças militares do mundo.
Em contraponto, acrescentou que as tropas ucranianas têm nível de preparo inferior, submetidas a um treinamento muito breve, de apenas uma a duas semanas.
Ele mencionou relatos do lado ucraniano indicando que, após uma semana ou cerca de 15 dias de instrução, os combatentes já são encaminhados ao front, situação bastante distinta do Exército russo, onde o treinamento é muito mais completo.
A presença de estrangeiros no conflito
Além disso, Pereira ressaltou que numerosos latino-americanos têm lutado ao lado da Ucrânia, atraídos sobretudo pela remuneração oferecida.
Por fim, afirmou que, embora não tenha participado de combates diretos contra compatriotas latino-americanos, identifica, no campo de batalha, corpos de colombianos e venezuelanos por meio de bandeiras e documentos encontrados.








