Na segunda parte desta série de perguntas e respostas sobre os BRICS, analisa-se a origem do termo, o papel geoestratégico e económico do agrupamento e avaliam-se as posições regionais de alguns membros no contexto dos conflitos atuais.
O Egito, membro do BRICS+, aumentou o seu comércio com Israel apesar do genocídio?
O Egito, integrante do BRICS+, tem fornecido volumes crescentes de cimento que possibilitam a expansão de assentamentos israelitas ilegais nos territórios ocupados
O Egito tem enviado quantidades substanciais de cimento que contribuem para a construção de colónias israelitas ilegais em áreas ocupadas, enquanto as autoridades israelitas procedem à demolição sistemática e massiva de habitações e infraestruturas em Gaza e na Cisjordânia. Segundo o site enterprise.news, as exportações egípcias de cimento para Israel aumentaram exponencialmente, de US$ 3,8 milhões em 2023 para US$ 66,2 milhões em 2024, conforme dados do Conselho de Exportação de Materiais de Construção (enterprise.news).
Israel subiu da 35.ª para a 4.ª posição entre os importadores de cimento egípcio entre 2022 e 2024, coincidindo com a suspensão temporária das exportações turcas de cimento para Israel em abril e maio de 2024, o que tornou o Egito um fornecedor alternativo principal. Por esse motivo, aponta-se que o Egito facilita o contorno de sanções ou restrições impostas por terceiros à economia israelita.
Além disso, o Egito importa gás de Israel. Em junho de 2025, o governo egípcio reprimiu manifestações de ativistas internacionais que tentavam alcançar a fronteira com Israel para exigir o fim do genocídio e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Convém recordar que o Egito recebe assistência militar dos Estados Unidos no montante de US$ 1,3 mil milhões anuais e coopera militarmente com Israel, nomeadamente na deteção e destruição de túneis entre o seu território e Gaza, conforme referido na primeira parte da série.
Segue-se a análise do papel dos Emirados Árabes Unidos (EAU), membro pleno do BRICS+, e da Arábia Saudita, convidada a integrar o grupo.
Além da intervenção militar dos Emirados no arquipélago de Socotra, ao largo de Aden, abordada na primeira parte, quais são as intervenções militares diretas ou indiretas dos EAU na Península Arábica?
Na Península Arábica, ao longo de grande parte da década de 2010, os Emirados Árabes Unidos — membros plenos do BRICS+ — e a Arábia Saudita mantiveram-se como aliados contrarrevolucionários, opondo-se vigorosamente aos movimentos populares da Primavera Árabe. Juntamente com a Arábia Saudita, os EAU intervieram militarmente no Bahrein em 2011 para reprimir fortes protestos populares (fonte).
No Iémen, desde 2015 os EAU atuaram ao lado da Arábia Saudita para restaurar o regime derrubado por revolta no ano anterior. Progressivamente, desenvolveram uma agenda própria, buscando controlar segmentos da costa iemenita.
Existem intervenções diretas ou indiretas dos Emirados Árabes Unidos em conflitos armados na África?
Os Emirados, que começaram como um centro comercial e financeiro no Golfo, transformaram-se num ator intervencionista em vários conflitos africanos
Na Líbia, em 2019 e 2020 os EAU apoiaram, financeiramente e com armamentos, o general Khalifa Haftar na ofensiva contra Trípoli, visando derrubar o governo então reconhecido pela ONU.
No Sudão, segundo análises como a de Husam Mahjoub, o envolvimento dos Emirados na última década reflete tendências subimperialistas, incluindo domínio regional, exploração económica e intervenção militar. Juntamente com a Arábia Saudita, recrutaram combatentes sudaneses das Forças Armadas e das Forças de Apoio Rápido (RSF) para a guerra no Iémen, e apoiaram financeiramente o regime de Omar el-Bashir até à sua queda em abril de 2019 (fonte).
Após a destituição de Omar el-Bashir, os Emirados, a Arábia Saudita e o Egito estimularam um processo que levou à formação de um governo de transição que não satisfez as aspirações populares; esses três países enfraqueceram a componente civil do executivo, apoiaram os militares com fundos, material bélico e lobby político para consolidar o seu poder. Em outubro de 2021, apoiaram um golpe que reforçou o controlo militar e, nos anos seguintes, o apoio dos EAU às RSF contribuiu para a intensificação da guerra que eclodiu em 15 de abril de 2023, gerando uma das piores crises humanitárias contemporâneas. Os Emirados funcionaram como um centro de financiamento, logística, comunicação e apoio político às RSF.
Na Somália, os Emirados financiaram, treinaram e equiparam forças locais durante anos. As relações azedaram em 2018, quando Mogadíscio congelou fundos emiratis, mas posteriormente os EAU retomaram o apoio, em particular ao Puntland. Há estudos e análises sobre um maior envolvimento militar emirado na Somália, incluindo textos do Washington Institute (Washington Institute).
Na Eritreia, os Emirados alugaram o porto e a base aérea de Assab, transformando-os num nó logístico essencial para operações no Iémen entre 2015 e 2019, reforçando a presença emiradiária no Mar Vermelho.
Na Etiópia, houve fornecimento de drones e outro apoio a Abiy Ahmed durante a guerra em Tigray (2020–2022), atuação que, segundo certas fontes, alterou o equilíbrio em favor do governo contra a Frente Popular de Libertação de Tigray (FPLT).
Os Emirados passaram de um papel predominantemente comercial e financeiro no Golfo para uma intervenção militar e política direta em vários conflitos africanos. Na Líbia, no Sudão, na Somália, na Eritreia, na Etiópia e no Sahel, o país recorriu a armamentos, drones, recursos financeiros e mercenários para moldar resultados locais, frequentemente agravando confrontos, fortalecendo regimes autoritários e comprometendo processos de paz, ao mesmo tempo que se apresenta internacionalmente como garantidor de estabilidade.
Como resumir a intervenção dos Emirados Árabes Unidos na região árabe?
Os Emirados desempenharam um papel central na contenção dos movimentos democráticos no mundo árabe, opuseram-se a mobilizações sociais que exigiam justiça e apoiaram regimes autoritários. Paralelamente, expandiram o seu poderio militar e económico, intervindo no Iémen e na Líbia, estabelecendo bases estratégicas e utilizando recursos financeiros para ampliar a influência regional.
Também apoiaram atores que se opuseram às revoluções e colaboraram com outras potências contrarrevolucionárias, como Israel e a Arábia Saudita, com o objetivo de impedir transições democráticas e limitar o direito dos povos a decidir o seu destino. Assim, os Emirados figuram como um pilar da contrarrevolução regional, privilegiando uma estabilidade autoritária que serve aos seus interesses de potência em ascensão e aos interesses geoestratégicos dos Estados Unidos e de Israel, em detrimento de mudanças democráticas e das aspirações populares.
O que os Emirados Árabes Unidos estão fazendo entre os BRICS+?
Os Emirados Árabes Unidos ingressaram oficialmente no BRICS em janeiro de 2024, numa vaga de expansão que incluiu também Indonésia, Irã, Egito e Etiópia.
A adesão dos EAU ao BRICS visa ampliar a sua projeção global; ao integrar-se no agrupamento, mantêm vínculos estreitos com os Estados Unidos e Israel, mas ganham também maior visibilidade e oportunidades comerciais e de investimento, especialmente com parceiros como a China.
Qual é a reação de Donald Trump em relação à adesão dos EAU ao BRICS?
Até ao momento, não existe declaração pública direta de Donald Trump denunciando especificamente a entrada dos Emirados Árabes Unidos no BRICS. Embora tenha criticado o agrupamento em várias ocasiões, não há registo de um ataque verbal focalizado apenas na adesão dos EAU.
Trump e os BRICSNo início do seu mandato, Donald Trump cometeu erros factuais ao confundir países e a sua pertença ao BRICS, chegando a perguntar se a Espanha fazia parte do grupo e se a China integrava o BRICS, o que revelou desconhecimento sobre a geografia e a composição do agrupamento. Trechos de matérias publicadas na imprensa comentaram essas falhas (The New Republic).
Em entrevista à Fox News em 14 de fevereiro de 2025, Trump voltou a questionar a composição do BRICS e afirmou que o grupo estaria a desintegrar-se rapidamente; essa intervenção foi amplamente difundida nas redes sociais e na imprensa (fonte). Em 18 de julho de 2025, a Reuters citou Trump referindo-se ao BRICS sem nomear os países, afirmando que, se o grupo se organizasse de forma significativa, não duraria muito e que seria preciso impedir que aproveitassem a posição dos Estados Unidos (Reuters). |
Por que os membros fundadores do BRICS convidaram os Emirados Árabes Unidos a aderir?
Os fundadores do BRICS consideraram estratégico integrar uma potência petrolífera e financeira como os Emirados, que simultaneamente mantém laços próximos com os Estados Unidos; a mesma lógica explica o interesse pela Arábia Saudita.
E quanto à Arábia Saudita, que foi convidada a aderir como membro de pleno direito, e à Turquia, que foi convidada como membro associado?
Ambas são potências subimperiais na sua região; decidiram não aderir formalmente ao BRICS, mantendo contudo relações próximas e participação em cimeiras
A Arábia Saudita e a Turquia merecem menção: apesar de não terem formalizado a integração plena, mantêm laços com o BRICS e marcaram presença nas cimeiras. O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan participou na cimeira de Kazan, em outubro de 2024, enquanto a Arábia Saudita compareceu por intermédio do seu ministro dos Negócios Estrangeiros nas reuniões de Kazan e do Rio.
A Arábia Saudita, convidada a tornar-se membro pleno, optou por não confirmar a adesão, provavelmente para manter margem de manobra face a Washington, que procura evitar que esse grande exportador de petróleo e potência financeira se una formalmente a uma coligação vista por certas capitais como adversária. A postura saudita tende a permanecer ambígua para preservar interesses estratégicos.
A Turquia, convidada como membro associado, mantém um jogo de equilíbrio: conserva a sua posição geopolítica na NATO e conduz uma política relativamente autónoma face a Washington, Moscovo e capitais europeias. A entrada formal nos BRICS+ elevaria tensões com os EUA; para salvaguardar autonomia regional e apelos internos junto das populações muçulmanas, a Turquia reduziu relações comerciais com Israel em comparação com a maioria dos BRICS+, que, com exceção do Irão, têm reforçado trocas com Israel.
Qual é a reação dos BRICS+ em relação às ações de guerra unilaterais dos Estados Unidos e de Israel contra o Irão?
Embora o Irão, membro do BRICS+, sofra agressões militares, a coalizão BRICS+ não adota medidas concretas em sua defesa
Na declaração final da cimeira do Rio, de 6 de julho de 2025, os BRICS criticam, no ponto 21, os ataques contra o Irão, mas evitam identificar explicitamente os Estados Unidos e Israel como responsáveis. Apesar de o Irão, integrante do BRICS+, ter sido alvo de ações militares, a coligação não tomou medidas concretas para o proteger, o que revela limitações em formular uma resposta comum e firme diante das pressões militares de Washington e de Telavive.
Essa hesitação pode explicar-se pelas sensibilidades dos Emirados Árabes Unidos, também membros do BRICS+, que se opõem ao Irão e têm interesse no seu enfraquecimento ou até numa mudança de regime em Teerão; por isso, os EAU preferem que os BRICS não adotem iniciativas explícitas de defesa do Irão. Há também relatos de que os Emirados e a Arábia Saudita auxiliaram, em momentos distintos, os EUA e Israel a neutralizar mísseis iranianos dirigidos a alvos israelitas (ver Times of Israel, 15 de abril de 2024: fonte).
Qual foi a reação dos BRICS+ em relação à destruição das infraestruturas e às perdas humanas causadas pelos ataques aos Hutis?
Na declaração final, os BRICS+ não mencionaram explicitamente os ataques dos Estados Unidos e de Israel contra os houthis. Salvo o Irão, muitos membros do agrupamento não apoiam as ações houthi, que têm como alvo sobretudo interesses israelitas e estadunidenses e afetam o comércio com os países do BRICS.
Os BRICS+ optaram por não condenar os ataques militares realizados por Estados Unidos e Israel em territórios controlados pelos houthis, apesar de tais ações terem provocado mortes de civis. A omissão revela a relutância do grupo em envolver-se diretamente nessa questão.
Na declaração de Kazan (outubro de 2024), os líderes do BRICS criticaram, sem nomear responsáveis, as ações dos houthis contra navios que mantêm relações comerciais com Israel, sublinhando a importância de garantir a livre navegação no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandab.
Para análises sobre a ação dos houthis e o seu impacto nas rotas comerciais, existem diversos estudos e textos que avaliam o papel do movimento na guerra e incidentes envolvendo navios com destino ou origem na China e noutros portos.
Qual é a posição do BRICS+ em relação à Síria?
Na declaração final da cimeira do BRICS+ (ponto 29) celebra-se o levantamento de sanções contra a Síria. Apesar de Bashar al-Assad ter procurado refúgio na Rússia após os acontecimentos de dezembro de 2024, os BRICS+ saudaram o fim das sanções e pediram a retirada das forças israelitas do planalto do Golã.
No entanto, a declaração não denuncia as centenas de ataques aéreos atribuídos a Israel desde dezembro de 2024, o que revela relutância em adotar uma posição contundente contra o governo israelita; sem medidas punitivas contra Israel, torna-se difícil pressionar o Executivo de Netanyahu a alterar a sua política.
Qual é a posição dos BRICS+ em relação ao Líbano?
Relativamente ao Líbano, os BRICS+ apelam, no ponto 28 da declaração, para que Israel respeite os acordos firmados com Beirute e retire as forças de ocupação do território libanês. Contudo, não anunciam medidas concretas para forçar o cumprimento desse apelo, apesar das autoridades libanesas denunciarem a ocupação e os ataques sistemáticos de Israel.
Qual é a posição dos BRICS em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia?
São condenados os ataques do exército ucraniano contra civis em território russo, mas não são destacados os ataques russos contra civis ucranianos
Nos pontos 22 e 35 da declaração, a guerra na Ucrânia é abordada sem condenar a invasão russa. Não há menção à NATO, o que revela um tratamento assimétrico: os ataques ucranianos contra civis em solo russo são denunciados, enquanto os ataques russos contra civis ucranianos não são explicitamente condenados, apesar das numerosas vítimas de ambos os lados.
Além disso, não foi anunciada nenhuma iniciativa conjunta dos BRICS+ para pôr fim ao conflito, situação que abre espaço para figuras externas, como Donald Trump, se apresentarem como possíveis mediadores capazes de negociar cessar-fogos ou acordos de paz duradouros.
De forma semelhante, Trump afirmou ter influência em negociações entre Arménia e Azerbaijão, anunciadas numa reunião na Casa Branca em agosto de 2025, onde se apresentou como um interveniente decisivo na mediação.
Qual é a posição dos BRICS em relação à OTAN?
Como referido acima, a declaração final da cimeira do Rio não contém qualquer referência ou crítica explícita à OTAN; o mesmo padrão já tinha sido observado na declaração de Kazan, em outubro de 2024.
Qual é a posição dos BRICS em relação ao conflito armado no Sudão?
Os BRICS apelam a um cessar-fogo, mas a posição é limitada, sobretudo porque os Emirados Árabes Unidos apoiam as Forças de Apoio Rápido (RSF), forças com papel significativo no conflito e implicadas em crimes contra a humanidade, tal como as forças governamentais contra as quais combatem.
A declaração final de julho de 2025 adotada pelos BRICS+ aborda outras regiões em conflito?
Na declaração, a situação do leste da República Democrática do Congo (RDC) e dos Grandes Lagos é mencionada de forma genérica no ponto 31, ao lado de outros conflitos como os do Corno de África e do Sudão, onde os EAU têm envolvimento.
O documento não faz referência direta ao agravamento das tensões entre Paquistão e Índia, que atingiram um pico em maio de 2025 em torno da Caxemira, o que deixa espaço para que atores externos — nomeadamente figuras como Trump — se coloquem como árbitros, em posições contestadas pelos governos nacionais.
Tampouco há menção ao conflito em curso na Birmânia entre a ditadura militar e a resistência, nem às crescentes tensões no Mar da China e à questão de Taiwan, temas que continuam sem resposta no comunicado final.
Um ponto específico da declaração aborda o Haiti, defendendo que a crise atual necessita de uma solução liderada por haitianos que inclua diálogo nacional e busca de consensos entre forças políticas, instituições e sociedade civil, posição considerada positiva por observadores.
Qual é a posição dos BRICS+ em relação à Aliança dos Estados do Sahel (AES), que reúne Burkina Faso, Mali e Níger?
A declaração final não faz qualquer referência à AES. Além disso, não estavam presentes representantes oficiais da AES ou dos estados-membros dessa aliança entre os convidados formais da cimeira.
Conclusões
Os BRICS+ configuram-se como uma coalizão heterogénea e contraditória
Nesta segunda parte, evidencia-se que os BRICS+ constituem uma coligação heterogénea e por vezes contraditória: apesar da intenção declarada de se apresentar como alternativa ao domínio imperialista dos Estados Unidos, vários membros mantêm relações estreitas com Israel e com regimes reacionários. O Egito e os Emirados Árabes Unidos, aliados de Washington e de Telavive, desempenham um papel central nesse equilíbrio ambíguo.
Perante o genocídio em Gaza e os conflitos em curso (Iémen, Irão, Ucrânia, Síria, Líbano, Sudão, leste do Congo, entre outros), a declaração final de 2025 limitou-se a apelos gerais, sem impor sanções a Israel nem formular iniciativas contundentes, o que demonstra a falta de vontade de muitos membros do BRICS+ em adotar medidas decisivas para contrapor-se ao governo de Netanyahu e pôr fim ao genocídio em Gaza.
Na prática, a iniciativa política e diplomática tende a ficar nas mãos de atores externos como Donald Trump, que se posiciona como mediador em várias crises (Índia/Paquistão, RDC/Ruanda, Ucrânia/Rússia, Arménia/Azerbaijão), enquanto simultaneamente adota posturas agressivas noutras dimensões — militares, económicas e tarifárias — e não hesita em apoiar Israel nas suas ações.
Diante deste quadro, torna-se essencial priorizar a ação autónoma dos povos e fomentar mobilizações amplas e intensas contra o genocídio do povo palestino e em solidariedade com todas as vítimas de conflitos. É igualmente fundamental combater a ascensão das forças de extrema-direita e neofascistas, e construir alternativas anti-imperialistas, feministas, internacionalistas, ecológicas e socialistas.
Nas próximas partes da série serão tratadas as posições dos BRICS+ perante o FMI, o Banco Mundial, a OMC, o “livre” comércio e a concorrência, além das ferramentas criadas pelo grupo, como o Novo Banco de Desenvolvimento, e as suas orientações sobre o dólar e os desafios ecológicos.








