O Brasil encerrou neste domingo (7) sua participação inédita na Copa do Mundo de rúgbi XV Feminino 2025. No estádio Franklin’s Gardens, em Northampton, as Yaras foram superadas pela Itália por 64 a 3, resultado que confirmou a eliminação das duas equipes no Grupo D, dominado por França e África do Sul.
A partida integrou a fase de grupos do torneio e marcou o encerramento da campanha brasileira na competição.
Último jogo das Yaras
As brasileiras começaram a partida com um bom início, abrindo o placar com um penal convertido por Raquel Kochhann. A reação italiana foi rápida e, ainda no primeiro tempo, a Itália encaixou uma sequência de seis tries que definiu a vantagem antes do intervalo.
O confronto no Franklin’s Gardens registrou ritmo intenso e evidenciou a evolução das brasileiras em competições internacionais.
O momento que gerou maior emoção para a torcida foi quando Giovanna Barth parecia ter marcado sob os postes, mas o ponto foi anulado após revisão do árbitro de vídeo (TMO), que apontou um knock-on no início da jogada.
No segundo tempo, a Itália manteve o controle do jogo e ampliou o placar, chegando a seis tries adicionais. Francesca Granzotto e Vittoria Ostuni Minuzzi foram os destaques, ambas anotando hat-tricks; Minuzzi também somou 193 metros carregados com a bola.
Estatísticas e destaques
Apesar da derrota, o Brasil encerra a participação com marcas históricas e experiência adquirida. Na estreia, contra a África do Sul, as Yaras registraram o maior número de tackles da competição até então, com 241 em uma única partida. Contra a França, a seleção marcou seu primeiro try em Mundiais, assinalado por Bianca Silva.
Na partida de despedida diante da Itália, Raquel Kochhann voltou a se destacar ao somar mais três pontos, encerrando a Copa como a brasileira com maior pontuação no torneio.
Repercussões
O técnico Emiliano Caffera ressaltou o caráter formativo da participação brasileira e a necessidade de mais jogos e apoio para o desenvolvimento do rúgbi XV no país.
“A principal lição é a experiência: mostrar ao mundo que o Brasil tem rúgbi XV e que temos muitas jogadoras de qualidade. Agora precisamos de mais jogos, mais torneios, mais apoio. Jogamos duas ou três vezes por ano; eu gostaria de jogar nove, 10, 12 partidas.”
Entre as jogadoras italianas, a ala Isabella Locatelli, eleita a melhor em campo, comemorou o fechamento da campanha com vitória e destacou o caráter coletivo da conquista.
“Foi uma jornada muito dura, mas estou feliz porque é uma conquista coletiva. Era fundamental terminar com uma vitória e estamos muito contentes.”








