Quando falamos de presença e entrega no palco, Maria Bethânia é puro espetáculo! E foi assim, com toda sua elegância e rigor, que ela abriu as comemorações de seis décadas de carreira em uma noite pra lá de especial no Rio de Janeiro, no último sábado (6/9). Pontual quase britânica, permitiu só uns minutinhos de suspense: às 19h12, entrou no palco do Vivo Rio e mostrou que cada segundo de espera valeria a pena.
O show começou com aquele clima arrebatador: enquanto ecoavam os versos de Rainha dos Raios/Tempo Bom, Tempo Ruim – uma homenagem lindíssima a Iansã, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, entoada pelos backing-vocals – Bethânia surgiu radiante. Logo em seguida, ela trouxe Sete Mil Vezes (do amigo e parceiro Caetano), faixa que ganhou vida no disco Alteza (1981). O trecho “Noite de Fogo e de Paz” parecia presságio: a vibe era quente e, ao mesmo tempo, emocionante.
A vibe caetanística continuou com Bethânia resgatando um tema que há tempos não cantava. E, com a maestria de quem sabe emocionar, fez um mashup incrível: encaixou uma citação de Canções e Momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant) e, na sequência, entregou Gás Neon, do lendário Gonzaguinha, funcionando como um verdadeiro prólogo da sua relação intensa com a música e com o público.
Com energia vibrante, repertório de peso e aquela voz inconfundível, Maria Bethânia mostrou porque é um ícone da música brasileira. E esse foi só o começo das comemorações!








