O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Durante o telefonema, eles discutiram as relações entre o Brasil e o bloco europeu.
O acordo está sendo encaminhado para votação no Parlamento Europeu, e Lula espera assiná-lo ainda este ano, durante a Cúpula de Líderes no Brasil. Segundo ele, a aprovação do texto pelos europeus é um passo importante para a consolidação do acordo.
Impacto do acordo comercial
O futuro acordo criará um mercado de mais de 700 milhões de pessoas, representando 26% do PIB global. Além disso, reforçará a parceria estratégica entre o Mercosul e a União Europeia em um momento de incertezas no comércio internacional.
Desafios e críticas
A França, maior produtor de carne bovina da UE, criticou o acordo, considerando-o inaceitável pelas alegadas falhas nas exigências ambientais. Lula rebateu, afirmando que o país atua de forma protecionista em relação aos seus interesses agrícolas.
Agricultores europeus também manifestaram preocupação com a possível entrada de commodities sul-americanas a preços mais baixos. A Comissão Europeia, no entanto, garante que os produtos importados cumprirão os padrões de segurança alimentar e ecológicos.
Próximos passos
O acordo, concluído em dezembro passado após 25 anos de negociações, precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu e por 15 dos 27 países da UE, representando 65% da população do bloco. A Alemanha e a Espanha defendem o acordo como uma forma de compensar as perdas causadas pelas tarifas dos EUA e reduzir a dependência da China.
Os defensores do acordo enxergam o Mercosul como um mercado promissor para produtos europeus e uma fonte estratégica de minerais essenciais, como o lítio, fundamental para a transição energética.








