5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Floristas superam desafios com digitalização e vendas sazonais

No Brasil, o Dia do Florista, celebrado em 2 de setembro, chega em um momento de transição e expectativa para quem vive da delicadeza das flores. Mesmo diante de custos crescentes e da instabilidade econômica, uma pesquisa conduzida pela plataforma Flowwow revelou que mais de 90% dos floristas brasileiros demonstram otimismo com os próximos meses. O estudo, que ouviu empreendedores de 17 estados, mostra que, apesar dos obstáculos, a confiança no crescimento das vendas permanece sólida — principalmente com o apoio do universo digital.

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Essa confiança tem bases concretas. A pesquisa indica que sete em cada dez floriculturas esperam superar os resultados de 2024, impulsionadas pelas datas comemorativas do segundo semestre e pelo fortalecimento dos canais digitais de venda. Aplicativos de mensagens, Instagram e marketplaces já concentram grande parte das transações, sinalizando que o setor se adapta cada vez mais aos novos hábitos de consumo.

Entretanto, o otimismo convive com realidades desafiadoras. Apenas 22% das floriculturas perceberam aumento no ticket médio das vendas, o que aponta para um consumo ainda cauteloso por parte do público. Além disso, os custos com frete, energia e insumos seguem como entraves para a rentabilidade, especialmente entre os pequenos empreendedores.

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A força do digital no cultivo de novos públicos

A digitalização desponta como aliada estratégica para quem trabalha com flores. De acordo com o levantamento da Flowwow, 38% das floriculturas afirmam que quase todas as suas vendas ocorrem online, o que representa uma mudança significativa no comportamento do consumidor e também nas rotinas dos empreendedores.

A busca por conveniência, personalização e agilidade fortalece o comércio eletrônico como um canal promissor. Ainda que o e-commerce represente hoje menos de 10% do faturamento total do setor, ele cresce de forma consistente, especialmente no segmento premium — onde o valor médio de um arranjo pode ultrapassar os R$ 500. Esse movimento exige atenção redobrada à apresentação dos produtos, à logística de entrega e à experiência do cliente.

Mesmo com os avanços, a fidelização do público ainda é um desafio. A concorrência acirrada nas redes sociais e o perfil instável do consumidor digital exigem criatividade e constância para cultivar relações duradouras.

Um mercado bilionário que floresce em ciclos

Segundo dados consolidados pelas principais associações e cooperativas do setor, a floricultura brasileira movimenta anualmente mais de R$ 21 bilhões, e a projeção para 2025 é de um crescimento entre 5% e 8%. Com aproximadamente 8,3 mil produtores — em sua maioria de pequeno e médio porte — o país possui ampla diversidade de flores e uma cadeia produtiva capilarizada.

O estado de São Paulo, epicentro da produção nacional, responde por 75% de toda a oferta e mais da metade do consumo interno. Em datas como o Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia da Mulher, as vendas explodem, e o setor chega a recorrer à importação, especialmente de rosas e orquídeas, para atender à alta demanda.

Em períodos de pico, Equador e Colômbia são os principais fornecedores internacionais. As flores chegam ao Brasil principalmente por via aérea, assegurando frescor e qualidade — fatores essenciais para o sucesso das vendas.

Obstáculos logísticos e gargalos históricos

Apesar dos sinais de retomada, o setor enfrenta entraves logísticos e estruturais. A perecibilidade das flores exige cadeias de frio bem estruturadas e transporte ágil, o que encarece a operação e limita o alcance de muitas floriculturas a determinados centros urbanos.

Além disso, a dependência de insumos importados torna o setor vulnerável à flutuação cambial. Em paralelo, a falta de mão de obra qualificada é um problema recorrente, que se estende desde o cultivo nas estufas até o manuseio nas floriculturas urbanas.

Holambra e o papel estratégico da cooperativa nacional

Nesse cenário, a Cooperativa Veiling Holambra se destaca como o principal polo de comercialização no Brasil. Com atuação robusta, ela centraliza cerca de 45% de todas as vendas nacionais, funcionando como uma engrenagem vital para o abastecimento das floriculturas em todo o país.

Além da tradição, Holambra também investe em inovação. Tecnologias como estufas climatizadas, controle automatizado de irrigação e plataformas logísticas integradas já fazem parte da estratégia de ganho de eficiência, redução de perdas e ampliação do alcance comercial.

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