O Ministério da Educação anunciou medidas rigorosas para cursos de medicina mal avaliados no Enade, exame criado para avaliar a qualidade da formação médica no país. As instituições com notas 1 ou 2 sofrerão penalidades como suspensão de novas matrículas e cancelamento de programas de financiamento estudantil.
Supervisão estratégica a partir de 2026
O ministro Camilo Santana esclareceu que as faculdades com baixo desempenho entrarão em processo de supervisão intensiva. O governo pretende impedir aumento de vagas e suspender benefícios como Fies e Prouni para essas instituições.
Em casos mais graves, onde o curso mantiver conceito 1 por períodos consecutivos, poderá haver descredenciamento total da faculdade. O objetivo, segundo Santana, é “moralizar e garantir qualidade” no ensino médico no Brasil.
Novas regras para o Enade
A partir de 2026, o exame será aplicado também para alunos do quarto ano de medicina. Os resultados contarão como 20% da nota no Exame Nacional de Residência, criando maior integração entre os processos avaliativos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, complementou que “vamos fechar o abastecimento que vem pelo pagamento de mensalidades das escolas que têm má performance”, reforçando a posição dura do governo contra instituições de baixa qualidade.
A primeira aplicação do Enade ocorrerá em 19 de outubro deste ano, sendo obrigatória para concluintes do curso de medicina. O exame servirá tanto para avaliação das faculdades quanto para seleção de residentes.








