Marcelo Santos enfatiza a urgência no combate ao terrorismo urbano na Ales
As recentes ações do crime organizado envolvendo menores no Espírito Santo foram abordadas com seriedade pelo presidente da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Marcelo Santos (União), em sessão ordinária. Ele expressou sua indignação em relação a um trágico tiroteio ocorrido em Vila Velha, que resultou na morte de duas pessoas, uma delas, a adolescente Sophia Vial da Silva, de apenas 15 anos.
Para o deputado, o Congresso Nacional precisa acelerar o debate sobre questões relevantes como a redução da maioridade penal. Ele afirma que não é aceitável tratar incidentes como o ocorrido em Vila Velha como crimes comuns. Santos destacou: “A apreensão de um fuzil não pode ser vista como uma infração trivial, e a violência contra nossos cidadãos deve ser considerada um ato terrorista.”
Marcelo Santos demandou que deputados e senadores se unam em um diálogo efetivo visando à aprovação de mudanças legislativas significativas. Ele argumentou que as discussões sobre a maioridade penal não podem ser feitas apenas em tribunas, mas devem incluir a participação de governadores e secretários de Segurança Pública. A insegurança no estado, evidenciada por mais de 90 ônibus incendiados, não pode ser tratada como um desvio normal da criminalidade, mas sim como uma forma de terrorismo.
Santos propõe a adoção de uma nova abordagem legislativa, similar à de outros países, abandonando a atual que, segundo ele, privilegia os criminosos em detrimento das vítimas. Ele lamentou que a única resposta para as famílias afetadas pela violência muitas vezes seja uma certidão de óbito.
Além do presidente da Ales, outros deputados também manifestaram apoio a essas ideias. O delegado Danilo Bahiense (PL) defendeu uma repressão mais rigorosa e a redução da maioridade penal. Pablo Muribeca (Republicanos) trouxe à tona a ligação entre esses crimes e a necessidade de implementar leis mais severas que protejam o trabalhador e punam os infratores.
Lucas Polese (PL) destacou que a responsabilização não deve recair apenas sobre o Legislativo, mas que todos os poderes têm um papel importante no enfrentamento da calamidade pública. Coronel Weliton (PRD) reforçou que a segurança pública é uma prioridade, pois todas as outras políticas sociais dependem de um ambiente seguro para a população.
Por fim, o deputado Engenheiro José Esmeraldo (PDT) foi direto ao afirmar que os atos criminosos que ocorrem nas cidades do Espírito Santo constituem terrorismo e não podem ser subestimados. Ele conclamou a sociedade a não permanecer passiva diante de tais ameaças à segurança e à integridade das famílias.








