A terra é essencial para a agricultura, mas enfrenta desafios devido a práticas intensivas e mudanças climáticas. No Paraná, um dos principais estados produtores de grãos do Brasil, uma pesquisa destaca como agricultores estão preservando o solo para garantir produtividade e sustentabilidade.
Conduzida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e o Sistema FAEP, a pesquisa investiga a relação entre manejo do solo, visão dos produtores e impacto de práticas sustentáveis. Com dados de 630 agricultores do estado, o estudo já revela aspectos importantes sobre a realidade local.
A evolução na percepção sobre a terra
A pesquisa revela mudança de mentalidade entre os produtores. De acordo com os resultados preliminares, 51,6% dos agricultores adotam o Cultivo Mínimo (CM), técnica que envolve preparo superficial do solo. O Sistema de Plantio Direto (SPD), conhecido por sua eficácia na conservação do solo, é utilizado por 20%. No entanto, 17,3% praticam Plantio Direto (PD) sem rotação de culturas, um erro técnico segundo a FAO.
Apenas 3,5% dos agricultores ainda utilizam o Plantio Convencional, considerado ineficaz devido aos danos que causa ao solo. A pesquisa aponta também a importância da assistência técnica qualificada para corrigir autodeclarações equivocadas sobre métodos utilizados, como a confusão entre rotação de culturas e sucessão.
Valorizando a conservação da terra
O estudo do IDR-Paraná mostra que agricultores que veem o solo como patrimônio durável tendem a adotar práticas sustentáveis. As áreas sob PD e SPD apresentam menor erosão, enquanto os métodos convencionais têm maior degradação.
Os produtores cooperados estão na frente: 41% adotam práticas de PD ou SPD, comparados a 20% dos não cooperados. As cooperativas oferecem acesso à informação e suporte técnico, facilitando a adoção de boas práticas.
Paraná à frente da média nacional
Os dados são promissores, mostrando que 20% dos produtores do Paraná aplicam todos os pilares do Sistema de Plantio Direto, superando a média nacional de 7%. Isso coloca o estado na vanguarda de práticas sustentáveis de manejo do solo.
Estes resultados oferecem bases importantes para políticas públicas, programas de capacitação e estratégias de assistência técnica, promovendo maior produtividade sustentável no Paraná.








