17 de maio de 2025
sábado, 17 de maio de 2025

A substância e a reflexão sobre ego e pressão social

O filme A Substância, protagonizado por Demi Moore e indicado ao Oscar, tem gerado discussões profundas sobre os impactos da busca incessante por validação e pertencimento. Com uma crítica social contundente, a obra explora como a pressão estética e os padrões irrealistas de perfeição transformam os indivíduos em produtos descartáveis.

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Reflexões sobre o ego

De maneira perturbadora, a trama revela o que ocorre quando o ego se torna escravo das ilusões sociais, inserindo-se em uma sociedade doente onde as normas são definidas por padrões consumistas. Essa realidade leva as pessoas a acreditarem que devem se tornar versões melhores de si mesmas incessantemente, resultando em uma reprodução de violências contra si, muitas vezes romantizadas e normalizadas.

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Na narrativa, a personagem Elisabeth Sparkle, interpretada por Demi Moore, busca um tratamento revolucionário para rejuvenescer, mas enfrenta consequências devastadoras. A história serve como uma metáfora poderosa para mostrar como um ego excessivamente inflado pela necessidade de aprovação externa pode resultar em uma força destrutiva, que mata a essência e a verdade do indivíduo, deixando-o sem qualquer conexão com sua humanidade saudável.

Impactos da indústria da beleza

Outro aspecto crucial abordado pelo filme é o papel da indústria da beleza na imposição de padrões e na manipulação do desejo de aceitação. Este ciclo vicioso evidencia como muitas pessoas adoecem em busca de uma perfeição inatingível, resultando em procedimentos estéticos invasivos que podem levar a transtornos psicológicos e complicações médicas graves.

A Substância provoca desconforto ao expor uma realidade frequentemente ignorada, funcionando como um alerta sobre os efeitos devastadores de uma cultura que avalia o valor humano em função de interesses comerciais, sem considerar os danos causados. Enquanto continuamos a romantizar e normalizar essas violências psicológicas, é alarmante perceber que estamos, simbolicamente, com as mãos sujas de sangue.

Esse sangue representa todos aqueles que, na busca por uma versão perfeita de si mesmos, adoeceram física e mentalmente, além daquelas vidas perdidas em procedimentos estéticos considerados essenciais. O longa-metragem convida a uma reflexão urgente sobre padrões irreais de beleza e a devastadora procura por aceitação.

Concluindo, A Substância não é apenas um filme de terror psicológico, mas um espelho incômodo da sociedade contemporânea. Ele nos instiga a repensar nossos valores, reconhecer as pressões que nos cercam e, acima de tudo, resgatar nossa humanidade antes que ela seja completamente consumida pela incessante busca pela perfeição.


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