O governo federal formalizou a diminuição das tarifas de importação de alimentos, como parte de uma estratégia para combater a inflação. A redução, anunciada na semana anterior, visa conter o aumento contínuo dos preços dos alimentos, embora haja dúvidas sobre seus impactos reais.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, confirmou que as tarifas para produtos como carnes, açúcar, milho, café, óleo de girassol, macarrão, sardinha, azeite e biscoitos serão zeradas. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou por unanimidade a redução do Imposto de Importação, que caiu de 10,8% para 0% apenas para carnes desossadas de bovinos.
Para o café, a tarifa de 9% será eliminada para variedades não descafeinadas, tanto torradas quanto em grão. Em relação ao açúcar, a alíquota de 14,4% também será zerada. Apesar dessas medidas, analistas acreditam que os cortes em café e açúcar podem não ter efeito significativo, já que o Brasil é o maior produtor mundial desses produtos.
As tarifas de importação de outros alimentos também foram alteradas. O milho em grão teve sua tarifa zerada, exceto para semeadura, que estava em 7,2%. A alíquota para macarrão foi reduzida de 14,4% para 0%, assim como para bolachas e biscoitos, que anteriormente pagavam 16,2%, e óleo de girassol, que tinha 9%. Para preparações de sardinha, a taxa de 32% foi reduzir de forma limitada a 7,5 mil toneladas. Além disso, foi aumentada a cota de importação de óleo de palma, passando de 60 mil toneladas para 150 mil toneladas, com isenção.
Essas ações visam reduzir o custo dos alimentos e contribuir para a diminuição da inflação, especialmente a relacionada a produtos alimentícios. Alckmin destacou que as isenções terão início na sexta-feira e permanecerão em vigor enquanto necessário para estabilizar os preços. O custo total das isenções é estimado em 650 milhões de reais por um ano, embora o ministro espere que esse período seja inferior.
Além disso, Alckmin mencionou que alguns estados, como Piauí, estão considerando a redução do ICMS sobre alimentos, reforçando o compromisso de aliviar a pressão financeira sobre os consumidores.