Até o final de setembro, os brasileiros não haviam solicitado o saque de R$ 8,53 bilhões disponíveis no Sistema de Valores a Receber (SVR), segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC) em 7 de novembro. Dos R$ 16,88 bilhões inicialmente liberados para resgate, R$ 8,35 bilhões já foram retirados.
Em 16 de outubro, o valor não resgatado foi transferido para o Tesouro Nacional, onde aguarda um edital com as novas regras para saque. Caso o dinheiro não seja solicitado nos próximos 25 anos, ele será incorporado ao patrimônio da União.
Estatísticas de resgate
Até o final de setembro, 24,6 milhões de correntistas resgataram seus valores, o que representa 35,3% do total de 69,9 milhões incluídos no programa desde fevereiro de 2022. Desse total, 22,7 milhões são pessoas físicas, enquanto 1,9 milhão são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41,5 milhões são pessoas físicas e 3,6 milhões são jurídicas.
A maioria dos valores esquecidos é de pequenas quantias. Beneficiários com até R$ 10 representam 63,5% dos casos, enquanto aqueles com valores entre R$ 10,01 e R$ 100 são 24,7%. Apenas 1,83% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.
Expansões e funcionalidades do SVR
Reaberto em março de 2023, após quase um ano fora do ar, o SVR conta com novos recursos e fontes de valores a receber, como contas de pagamento pré e pós-paga encerradas, contas de corretoras e distribuidoras e outros valores devolvíveis. Desde então, foram feitas melhorias, como a possibilidade de impressão de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, além de uma sala de espera virtual que permite consultas sem agendamento por ano de nascimento ou fundação da empresa.
O sistema também permite consulta aos valores de pessoas falecidas por herdeiros ou representantes legais, com acesso transparente a dados como a instituição responsável e a faixa de valor.
Orientações contra golpes
O Banco Central alerta para possíveis golpes envolvendo intermediações de saque. Todos os serviços do SVR são gratuitos e devem ser acessados diretamente pelo site oficial. O BC não envia links e informa que apenas a instituição financeira que aparece na consulta pode contatar o cidadão.