A saúde financeira dos brasileiros mostrou sinais de melhora nos últimos dois anos, conforme divulgado pelo índice da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta semana.
O indicador, que mede a saúde financeira da população em uma escala de 0 a 100 pontos, classifica os indivíduos em sete níveis de bem-estar econômico. Este ano, a média geral dos brasileiros foi de 56,7 pontos, o que representa um aumento de 0,5 em relação a 2023 e de 0,7 em relação a 2022.
Esse crescimento indica uma recuperação após a queda entre 2020 e 2022, quando o índice caiu de 57,2 pontos para 56. Apesar da melhora, a saúde financeira geral da população ainda é classificada como baixa, com sinais de desequilíbrio e risco de estresse financeiro elevado.
Os resultados deste ano revelaram um crescimento no número de pessoas nas faixas “Ótima”, “Muito Boa”, “Boa” e “Ok”, que vivenciam maior bem-estar financeiro, com um aumento de 1 ponto percentual em comparação ao índice de 2023. Ao mesmo tempo, houve uma diminuição de 1 ponto percentual nas faixas “Baixa”, “Muito Baixa” e “Ruim”, que indicam maior estresse financeiro.
Além disso, menos pessoas relataram estar enfrentando algum nível de aperto financeiro (-1 p.p.) e dificuldades para pagar contas (-2,2 p.p.). A pesquisa também indicou uma diminuição na pressão sobre o orçamento nos últimos 12 meses.
Segundo o levantamento, 67,2% dos entrevistados afirmaram que seus gastos não excederam sua renda, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação a 2023. Por outro lado, 58,6% afirmaram que a frequência com que sobra dinheiro ao final do mês aumentou, representando uma alta de 1,3 ponto percentual.
Por fim, a pesquisa revelou que apenas 32,4% dos entrevistados acreditam que conseguiriam arcar com uma grande despesa inesperada, mantendo-se estável em comparação ao ano passado.