Em agendas durante a segunda-feira, 12, na cidade de São Paulo, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a reforma tributária pode aumentar em até 1% o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a partir de 2025.
“De acordo com um estudo que foi apresentado para nós, a reforma tributária, a partir de 2025, já teria condição de aumentar o PIB em 1% além do que o Brasil já vai crescer. Se pegar 20 anos, vamos arredondar para baixo esse número, um crescimento de 15% a mais. E esses 15% de crescimento a mais é arrecadação para esses Estados e municípios que acham que vão perder com a reforma tributária”, explicou.
De acordo com a ministra com o crescimento nenhum ente federativo irá perder com a reforma tributária, como muitos acharam, pois os estados que ganham vão compensar os estados que perdem: “Ninguém perde nesse processo. Ao contrário, no caso de municípios, a maioria mais do que absoluta [ganha]. Apenas 600 municípios perderiam alguma coisa. Os demais ganhariam. Então esses 600 não vão perder porque serão compensados nos próximos 20 ou 30 anos, de acordo com o relatório”, defendeu Tebet.
Ela ainda destacou que acredita que o momento atual é favorável à aprovação da reforma: “A economia está gritando essa necessidade, especialmente o setor da indústria, que mais gera empregos e que não está conseguindo competir com os importados. A classe política também tem consciência, após as outras reformas, que está é a reforma necessária. E estamos vendo, na imprensa, um espaço para poder falar com o Brasil. Então, o momento é oportuno”.
Agendas da ministra
Pela amanhã Simone Tebet participou de uma reunião do CDESS com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para ouvir propostas do segmento empresarial para o Plano Plurianual (PPA). Em entrevista a jornalistas após a reunião, a ministra disse esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central possa baixar a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que está hoje em 13,75% ao ano.
Durante a tarde a ministra esteve na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo para uma plenária para discussão sobre o Plano Plurianual (PPA) 2024 a 2027, que definirá as prioridades do governo federal para os próximos anos.
Participaram da plenária juntamente com Tebet as centrais sindicais Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral de Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Pública, Intersindical, Força Sindical e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
As centrais fazem parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), chamado de Conselhão, órgão recriado neste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que debate agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade.
O Conselhão entregou a Simone Tebet a Pauta da Classe Trabalhadora, um documento com 63 propostas para compor o PPA.