As Nações Unidas celebram pela primeira vez, neste 1 de março, o Dia Mundial das Ervas Marinhas.
Adotada pela Assembleia Geral em maio de 2022, a data destaca a necessidade urgente de aumentar a conscientização e facilitar ações para a conservação desse tipo de vegetação.
Importância
As ervas marinhas são plantas encontradas em águas rasas em muitas partes do mundo, desde os trópicos até o círculo ártico. Elas formam extensos prados subaquáticos, altamente produtivos e biologicamente ricos.
Cobrindo apenas 0,1% do fundo do oceano, esses prados fornecem alimentos e abrigo a milhares de espécies de peixes, cavalos-marinhos, tartarugas, entre outros seres.
Além disso, eles melhoram a qualidade da água filtrando, reciclando e armazenando nutrientes e poluentes, o que reduz a contaminação de frutos do mar.
Outra qualidade das ervas marinhas, é que elas podem armazenar até 18% do carbono oceânico do mundo, sendo uma poderosa solução baseada na natureza para combater os impactos das mudanças climáticas.

Um recurso em perigo
Apesar de sua importante contribuição para o desenvolvimento sustentável e a mitigação e a adaptação das mudanças climáticas, esse tipo de vegetação está em perigo.
Apenas cerca de 25% de todos os prados se enquadram nas áreas protegidas.
Cerca de 21% das espécies dessa vegetação são categorizadas como quase ameaçadas, vulneráveis e ameaçadas de extinção na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza.
O desenvolvimento costeiro, a poluição, as mudanças climáticas, a drenagem e as atividades de pesca e barco não regulamentadas são os principais fatores de degradação de ervas marinhas e seus ecossistemas associados.

Proteção das ervas marinhas
Apesar de uma tendência global de perda de ervas marinhas, algumas áreas mostraram uma recuperação substancial, através da intervenção dos seres humanos.
A ONU lembra que a proteção e restauração dos prados de ervas marinhas ajudarão os países a alcançar múltiplos objetivos econômicos, sociais e nutricionais.
Os benefícios da conservação também podem ajudar os países a atingir 26 metas e indicadores associados a 10 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
A inclusão do gerenciamento, conservação e restauração de ervas marinhas deve ser um componente essencial das estratégias de economia azul sustentável no futuro. Vários países já têm projetos em andamento.
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Via: https://news.un.org/feed/view/pt/story/2023/03/1810607