Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em queda pelo segundo dia consecutivo, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçar expectativa por alta de juros e impulsionar o dólar no exterior.
Ainda, a commodity cedeu às preocupações sobre a demanda em meio a expectativas de recessão nas principais economias devido aos apertos monetários.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 3,16% (US$ -2,41), a US$ 73,95 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 2,95% (-US$ 2,45), a US$ 80,60 o barril.
Na quarta-feira (22), o Fed publicou a ata da última reunião de política monetária, que indicou reforçado compromisso pelo combate à inflação nos EUA.
Segundo o documento, alguns dirigentes preferiam aumento de 50 pontos-base nos juros no encontro de fevereiro, quando a autoridade monetária optou por elevação mais branda, de 25 pontos-base.
A ata impulsionou o dólar ante pares rivais, o que ampliou a pressão que já vinha derrubando os preços do petróleo ao longo da sessão.
Segundo análise de Edward Moya, da Oanda, o preço do petróleo pesa para o negativo, seguindo as expectativas de traders de energia de que o Federal Reserve (Fed) deverá apresentar uma postura mais “hawkish”, diante dos dados recentes da economia americana, que deverá levar os Estados Unidos a uma recessão, prejudicando a demanda pelo óleo.
“O petróleo provavelmente permanecerá pesado aqui, pois os estoques estão altos, a manutenção da refinaria está aqui e as preocupações com o crescimento global”, destaca o economista.
Já na visão da CMC Markets, apesar da baixa, a commodity ainda está em tendência de alta em relação às mínimas registradas em dezembro, “com as expectativas da demanda da China mantendo um piso sob qualquer queda”.
No radar de investidores, também ficou a informação de que a Rússia deverá reduzir suas exportações de petróleo em até 25% em março, em relação a fevereiro, segundo fontes disseram à Reuters.
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