25 de julho de 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025

O que é AGI

A Inteligência Artificial está se tornando cada vez mais parte do cotidiano, desempenhando funções anteriormente exclusivas dos humanos. Seu avanço faz com que especialistas voltem suas atenções ao potencial da Inteligência Artificial Geral (AGI), que pode superar a capacidade humana em várias atividades.

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O tema foi intensamente discutido no 20º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji em São Paulo, onde especialistas debateram os impactos da evolução da IA. Participaram do evento Claudia Báez, da Newsroom AI, Jonathan Soma, da Universidade Columbia, e Pedro Burgos, jornalista e programador.

Role da IA como ferramenta humana

Claudia Báez destacou que a Inteligência Artificial é uma ferramenta alimentada por dados humanos e deve ser vista como uma extensão das habilidades humanas. Ela defendeu o uso estratégico da tecnologia para otimizar tarefas sob supervisão humana.

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Preocupações com usos indevidos

O painel abordou questões como a criação de conteúdos falsos usando IA, o que pode se tornar uma fonte de desinformação. Claudia enfatizou a importância de os jornalistas estarem preparados para identificar e responder a esse tipo de ameaça. Ela também alertou sobre o uso inadequado de IA em contextos de saúde mental, lembrando que tais tecnologias não substituem terapeutas.

Uma pesquisa da Universidade de Harvard mostrou que a busca por apoio emocional é um dos usos frequentes da IA, ressaltando a necessidade de cautela.

Experimentação e compreensão da tecnologia

Os palestrantes incentivaram a experimentação e o aprendizado sobre IA, mesmo para aqueles que ainda não usam essas ferramentas. Claudia afirmou que é essencial compreender o que é IA e como funciona. Já Pedro Burgos destacou que, embora a AGI possa impactar a economia, é crucial evitar idealizações sobre suas capacidades.

Jonathan Soma criticou a estratégia de marketing em torno da “corrida pela AGI” adotada por grandes empresas de tecnologia, argumentando que isso alimenta medo e desinformação. Soma destacou o exemplo do modelo DeepSeek, que alcançou sucesso focando em decisões eficientes de arquitetura e dados.

Regulação e responsabilidade

Soma também chamou atenção para a falta de regulação em relação a erros cometidos por sistemas automatizados, como chatbots, e a necessidade de definir responsabilidades para essas falhas.

Brasil no cenário da IA

O papel do Brasil no desenvolvimento de IA foi outro tópico abordado. Pedro Burgos destacou iniciativas como Maritaca e Jus IA, que adaptam modelos com dados locais. Ele acredita que o Brasil deve focar na adaptação e customização de tecnologias já existentes em vez de criar novas do zero, especialmente em setores como saúde e agricultura. No entanto, alertou que confiar apenas na IA como solução para o desemprego é uma abordagem irrealista.

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