20 de agosto de 2025
quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Jogo criado por desenvolvedores das periferias transforma videogame em palco da música independente

Em uma iniciativa inovadora no Brasil, o jogo eletrônico “Music Drive: Chase the Beat” se apresenta como muito mais do que um simples entretenimento digital. Criado por jovens da periferia de São Paulo, este game marca uma nova era ao unir tecnologia, cultura urbana e representatividade. Seu objetivo principal é transformar os games em uma plataforma de promoção da música independente que surge nas quebradas brasileiras.

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O jogo, desenvolvido pela Salve Games em colaboração com a produtora musical Outlaws e distribuído pela QUByte Interactive, é um jogo de ação e combate veicular inspirado na cultura hip-hop e na estética das ruas brasileiras. No game, o jogador controla a dupla Tina, a pilota mais astuta da quebrada, e Tunner, o atirador mais destemido das ruas, em uma missão para recuperar fitas K7 roubadas que contêm músicas inéditas. O som fica por conta de faixas inéditas do rapper NP Vocal, um dos nomes fortes do rap periférico atual, que também criou toda a trilha sonora do jogo.

A trilha conta ainda com participações especiais de outros artistas independentes, como a cantora e compositora Amabbi. O lançamento de “Music Drive” ocorreu mundialmente em 3 de julho de 2025. Atualmente, o jogo está disponível para PC, Xbox One, Xbox Series X/S, PlayStation 4, PlayStation 5 e Nintendo Switch.

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Da periferia para o mundo: um game feito por quem vive a quebrada

Todos os programadores, animadores e designers de “Music Drive” são oriundos das regiões periféricas de São Paulo. Idealizado por Alexandre de Maio, jornalista e produtor cultural, o projeto busca unir comunicação e representatividade através do game.

Com personagens negros em papéis centrais e uma trilha sonora autoral 100% brasileira, “Music Drive” é um exemplo marcante da junção entre narrativas periféricas e o universo gamer, que historicamente carece de diversidade em seus bastidores e histórias.

O jogo é também um projeto cultural e social que visa abrir espaço no setor tecnológico para os talentos das periferias. Ele provoca reflexões sobre quem são os produtores de cultura digital no Brasil e como a música urbana pode conquistar novos territórios, como o dos videogames, ganhando escala e relevância nesse meio.

“Cresci na Cohab 2 e, desde o início, uma das prioridades foi criar um jogo leve e acessível para que todos possam jogar, independente de ter ou não um console ou computador de última geração”, explica Guilherme Cândido, desenvolvedor de “Music Drive”.

O game é atualizado constantemente, trazendo sempre novos artistas, já que sua história gira em torno do resgate dos maiores hits de artistas emergentes. As faixas animam cada perseguição, curva e explosão, tudo no embalo da cultura urbana, transformando o jogo em um espaço de lançamento para a música independente dentro do universo gamer.

Com um estilo retrô poligonal, o jogo traz a nostalgia dos clássicos títulos de combate veicular, como “Interstate 76” (1997), e a estética dos jogos de PlayStation 1 (1994). Porém, o diferencial está na inclusão digital e representatividade, tanto na indústria de jogos como no cenário musical.

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