A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp anunciou um corte de 10 mil empregados, além de 5 mil vagas que estão em aberto ficarão sem um respectivo preenchimento, de acordo com um memorando da própria Meta aos seus usuários.
Essa já é a segunda rodada de demissões pela empresa californiana, no último mês de novembro, a empresa desligou 11 mil funcionários.
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse à sua equipe que a empresa teve uma espécie de “alerta” em 2022, quando houve uma diminuição na receita, quando nos últimos três últimos meses de 2022 as receitas caíram 4% em relação ao ano de 2021.
As empresas de tecnologia passam por um momento de distúrbio, gigantes como a Google e a Amazon, também lutam para manter os cortes de custos alinhados com a necessidade de se manterem competitivas em suas áreas.
No início de 2023, a Amazon anunciou a intenção de fechar mais de 18 mil empregos por causa de uma certeza econômica e das suas altas contratações durante a pandemia. Outras gigantes da tecnologia como o Twitter e a Microsoft também realizaram demissões em massa.
Zuckerberg citou alguns fatores que podem contribuir para a queda do crescimento da Meta, como: taxas de juros mais altas nos EUA, instabilidade geopolítica global e maior regulamentação por parte dos governos.
Normalmente, as empresas de tecnologia geram receita através de publicidade, e por conta de uma menor diminuição da receita, as empresas tiveram de diminuir os gastos com publicidade. Mas seus usuários também sofreram um corte de receita, tendo menos para gastar, tornando todo o mercado publicitário menos valioso.
As empresas do Vale do Silício costumam contratar funcionários em grande quantidade por dois motivos: o primeiro é para estarem preparadas caso ocorra um crescimento inesperado em algum setor, tendo assim uma equipe pronta para alocar. Já o segundo motivo é para reter talentos que são percebidos como valiosos pela empresa contratante e que não desejam vê-los trabalhando para um concorrente, explica Zoey Kleinman, editora de tecnologia da BBC.
Com relação à Meta, há um risco adicional associado à enorme aposta feita por Mark Zuckerberg no metaverso – um ambiente virtual que ele acredita ser o futuro da tecnologia. De acordo com a análise de Kleinman, se Zuckerberg estiver correto, a Meta poderá voltar a liderar o setor. Contudo, se ele estiver enganado, os US$ 15 bilhões já investidos nessa aposta podem ser desperdiçados.
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