A Suprema Corte dos Estados Unidos vai julgar se as principais plataformas de mídia social da web, entre elas Twitter, Facebook e YouTube, são responsáveis por postagens perigosas em suas plataformas.
A decisão da Suprema Corte dos EUA será crucial para o futuro da web. Se o tribunal decidir que as plataformas de mídia social são responsáveis por postagens feitas em suas plataformas, isso poderá levar a uma revisão de como essas empresas monitoram e filtram o conteúdo disponível na web.
Tal decisão pode levar à remoção de mais conteúdo dessas plataformas ou até mesmo a uma revisão completa de seus algoritmos.
Além disso, pode significar que empresas como Twitter e YouTube serão obrigadas a implementar medidas mais rigorosas quando se trata de moderar e filtrar conteúdo perigoso na web, como discurso de ódio e ideologias extremistas.
Desta forma, eles podem ser responsabilizados por qualquer conteúdo prejudicial em suas plataformas e enfrentar possíveis ações legais se não agirem contra isso. Em última análise, a medida pode abrir um novo precedente para restrições ainda maiores.
Dois casos em especial estão sendo avaliados
O primeiro processo está sendo movido por familiares de uma vítima dos ataques terroristas de Paris em 2015.
As alegações são contra o YouTube, porque a empresa não se responsabiliza pelas indicações que faz.
As acusações sugerem que foram recomendados vídeos de recrutamento islâmico para prováveis apoiadores, algo que não deveria ser estimulado.
Apesar da empresa não se responsabilizar, a discussão é justamente se isso deveria passar a acontecer.
O segundo caso é contra o Twitter, tendo como foco o ataque terrorista de 2017, que aconteceu na Turquia, e segue no mesmo questionamento se a empresa deveria responder sob a Lei Antiterrorismo.
Familiares pedem que a empresa responda como se tivesse ajudado a incitar atos de terrorismo.
Outras empresas de tecnologia como Google, Meta e Microsoft fizeram declarações argumentativas sobre o caso e temem que o resultado possa criar restrições demais na web, o que levaria a um ambiente controlado demasiadamente ou censurável, resultando na falta de liberdade de expressão de todos os usuários.
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