O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer o implante contraceptivo Implanon. Conforme informações do Ministério da Saúde, este método contracetivo é vantajoso por sua longa duração, até três anos, e elevada eficácia.
A decisão de disponibilizar o Implanon no SUS foi anunciada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
A publicação da portaria que formaliza a inclusão do método no SUS ocorrerá em breve. Após a publicação, o prazo para que o contraceptivo seja efetivamente ofertado é de 180 dias, abrangendo atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do implante, bem como a capacitação dos profissionais de saúde.
Início da Disponibilização
A previsão é que o implante esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) no segundo semestre. O Ministério da Saúde planeja distribuir 1,8 milhão de dispositivos, incluindo 500 mil ainda este ano, com um investimento aproximado de R$ 245 milhões.
O implante contribui não apenas para a prevenção de gestações não planejadas, mas também para a redução da mortalidade materna, em acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visam reduzir a mortalidade materna, em geral, e entre mulheres negras até 2027.
Sobre o Implante Subdérmico
Implanon é um implante contraceptivo subdérmico reconhecido por sua durabilidade e eficácia. Sem necessidade de manutenção, ele atua no corpo por até três anos, após o qual deve ser removido se não houver intenção de reposição imediata.
A inserção e remoção devem ser feitas por profissionais qualificados, o que demanda formação teórica e prática desses profissionais. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção do implante.
Contraceptivos Oferecidos pelo SUS
Atualmente, o DIU de cobre é o único método classificado como contraceptivo reversível de longa duração (Larc) pelo SUS. Este método é visto como mais eficaz, pois não requer uso contínuo, diferente dos anticoncepcionais orais ou injetáveis.
Métodos contraceptivos atualmente disponibilizados pelo SUS incluem:
- preservativos externo e interno;
- DIU de cobre;
- anticoncepcional oral combinado;
- pílula oral de progestagênio;
- injetáveis hormonais mensal e trimestral;
- laqueadura tubária bilateral;
- vasectomia.
Vale ressaltar que apenas preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).