Em anúncio feito na segunda-feira, 3, o Ministério da Saúde informou que o Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis) será reestruturado.
O Geceis tem como objetivo estimular o sistema de produção de bens e serviços ligados à saúde, ou seja, produção de medicamentos, vacinas e equipamentos hospitalares.
Com a reestruturação governo federal pretende produzir 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do país em até dez anos, conforme declarou Nísia Trindade, ministra da Saúde.
“Nossa meta é atingir 70% de produção nacional dos insumos necessários para nossa saúde. Para isso precisaremos da inovação, além de reforçar o campo da regulação. Isso se fará numa visão voltada não só para o país, mas para nosso papel na região e na cooperação para uma saúde global efetiva”.
De acordo com a ministra, a perspectiva é que cada um dos participantes do grupo executivo identifique e apresente propostas de estímulo ao setor em 30 dias. “Seja através de editais ou normativos que facilitem, por exemplo, as encomendas tecnológicas e outras medidas que possam favorecer a produção, a inovação e a reindustrialização no campo da saúde.”, explica.
O governo avalia que a dependência do Brasil no processo de aquisição de insumos torna vulnerável ao mercado externo, o sistema de saúde público vulnerável, estando sempre suscetível às oscilações da economia mundial.
Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, também presente na cerimônia na qual o anúncio foi feito, o momento é propício para uma reindustrialização, com tanto que antes sejam identificadas as causas da desindustrialização, “Não posso depender tudo lá de fora. Não posso depender do fertilizante do Canadá ou Noruega; de moléculas da Índia; de equipamentos da China”, exemplificou Alckmin.
Enquanto a cerimônia se desenrolava o presidente Lula, assinava o decreto de criação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis).
Quem também marcou presença no anúncio foi o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, além da ministra Nísia Trindade.






