11 de julho de 2025
sexta-feira, 11 de julho de 2025

Lula afirma que Motta descumpriu acordo e critica derrubada do IOF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quarta-feira (2), a prevalência dos interesses de pequenos grupos econômicos no Congresso Nacional, em detrimento da população brasileira. Lula reafirmou a decisão do governo de recorrer à Justiça contra a derrubada do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“Se eu não entrar com um recurso no Poder Judiciário, eu não governo mais o país. Esse é o problema. Cada macaco no seu galho. Ele [Congresso] legisla, e eu governo”, declarou em entrevista à TV Bahia, durante visita a Salvador (BA).

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O presidente também destacou que a atual proposta não se trata de um aumento de impostos, mas de um ajuste tributário que visa garantir recursos para educação e saúde. “Houve pressão por parte de diversas entidades, e os interesses de poucos prevaleceram na Câmara e no Senado”, disse.

Acordo Descumprido

Lula afirmou que a derrubada do decreto do IOF pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, descumpriu um acordo com o Executivo que previa medidas compensatórias. Essa decisão foi anunciada por Motta horas antes da votação, através de suas redes sociais.

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O presidente ponderou que não há rivalidade com o Congresso: “Reconheço o papel que o Congresso tem. Eles têm seus direitos, e eu tenho os meus”. Afirmou ainda que, quando houver divergências, a Justiça prevalecerá.

“O presidente da República tem que governar o país. Um decreto é uma prerrogativa do presidente. O governo brasileiro tem o direito de propor IOF, sim”, reiterou.

Agenda do Presidente

Lula estava em Salvador para celebrar a Independência do Brasil e planejava viajar a Buenos Aires para participar da Cúpula do Mercosul, seguida por outra cúpula no Rio de Janeiro, com os BRICS.

Em relação ao futuro, ele mencionou a intenção de se reunir com Hugo Motta e Davi Alcolumbre para restabelecer a normalidade política.

Recentemente, a Advocacia-Geral da União protocolou uma ação declaratória de constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitada pelo presidente Lula, com base em estudos técnicos e jurídicos. O relator será o ministro Alexandre de Moraes.

Contexto do Decreto do IOF

O decreto do Ministério da Fazenda tinha como objetivo aumentar o IOF sobre operações de crédito, seguros e câmbio, visando reforçar as receitas do governo e cumprir as metas fiscais. No entanto, a maioria dos parlamentares rejeitou essas alíquotas, enfatizando a necessidade de cortar despesas primárias.

Lula questionou a lógica por trás de cortar gastos na educação e saúde, frisando que é preciso corrigir injustiças tributárias, especialmente de setores que não pagam impostos adequadamente.

“Proponho cortar 10% em todos os benefícios fiscais. Existe uma alta desoneração que precisa ser revisada sem sacrificar a educação e a saúde”, argumentou.

O governo incluiu no decreto propostas para aumentar tributos sobre apostas eletrônicas e fintechs, além da taxação de títulos atualmente isentos de imposto de renda. Antes da derrubada do decreto, havia uma medida provisória visando aumentar tributos sob pressão do Congresso.

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