O centenário de Maurício de Oliveira, destacado músico capixaba, foi celebrado em uma sessão solene na Assembleia Legislativa (Ales), unindo convidados, familiares e admiradores que exaltaram seu legado como violonista de renome nacional e internacional.
A ocasião, sugerida pela deputada Iriny Lopes (PT) e apoiada pelo presidente Marcelo Santos (União), contou com uma apresentação musical variada realizada pelo Quinteto Tião de Oliveira, filho de Maurício, e pelo duo de violonistas Moacyr Teixeira Neto e Fabiano Mayer.
O impacto da obra de Maurício no cenário cultural do Espírito Santo foi reconhecido pela deputada, que chamou atenção para o “distanciamento real” da memória do artista, falecido em 2009. Iriny Lopes enfatizou a importância da solenidade para compartilhar com a população as canções que “nos embalam e nos fazem sonhar”.
A celebração em homenagem aos cem anos de Oliveira está apenas começando, com eventos programados para o segundo semestre, até 31 de dezembro, levando sua obra e memória por todo o Estado. “Maurício continua presente através de sua música e seu conjunto musical. Ele foi um pioneiro”, destacou Vitor Buaiz, ex-governador e um dos homenageados.
Sonia Lopes, vice-reitora da Ufes, descreveu Maurício como uma “figura incontornável da cultura capixaba e brasileira”, enfatizando seu papel em dar forma sonora à identidade do povo capixaba. Giuliano Nader, secretário de Relações Internacionais da Ales, reforçou os esforços de resgatar a memória do Espírito Santo, coincidente com os 190 anos da assembleia.
Fabiano Araújo Costa, da Faculdade de Música (Fames), afirmou que o “violão capixaba” carrega a assinatura do legado de Maurício. O secretário de Cultura da Ufes, Rogério Borges, comentou que Maurício era um defensor da arte regional e dos artistas locais, considerando-o um patrimônio do Espírito Santo.
Tião de Oliveira recebeu um certificado personalizado e lembrou que muitos músicos capixabas são “filhos de Maurício”, reconhecendo os feitos do pai, como o segundo lugar no Festival de Varsóvia em 1955. Ele também gravou obras de Heitor Villa-Lobos, solidificando seu legado.
Ao final da sessão, os presentes assistiram a uma reportagem sobre o centenário do músico. A Comenda de Mérito “Maurício de Oliveira”, criada pela ex-deputada Aparecida Denadai, homenageia expoentes da música capixaba e educadores desde 2010, podendo conceder anualmente seis honrarias.
Entre os homenageados estão Cloves Mendes (cineasta), Elias Borges de Oliveira (violonista), Fabiano Araújo Costa (diretor da Fames), Igor Pontini Mesquita (diretor da Fundação Carmélia) e Vitor Buaiz (ex-governador). Também foram prestadas homenagens aos filhos de Maurício e a outros artistas.
O legado de Maurício de Oliveira continua a ser celebrado e reconhecido, reafirmando a importância de sua contribuição à cultura capixaba e brasileira.
