As escolas de samba do Grupo de Acesso A já apresentaram enredos para o Carnaval de Vitória de 2023. O acontecerá no dia 10 de fevereiro, sexta-feira. A abertura está programada para às 19h e o início das apresentações está marcado para começar às 22h. Em 2023 o desfile acontecerá de sexta a domingo, sendo que estas agremiações abrem os dias de festa.
O Acesso A reúne as escolas Imperatriz do Forte, Império de Fátima, Pega no Samba, Independente de São Torquato, Chega Mais, Mocidade da Praia e Unidos de Barreiros. Saiba o que prometem as duas primeiras agremiações que vão cruzar o Sambão do Povo na festa deste ano.
A Imperatriz do Forte terá o enredo “Mas Será o Benedito?”, contando a história de Benedito Meia-Légua, símbolo da luta negra no Vale do Cricaré e sertões de São Mateus e Conceição da Barra.
Benedito faz parte da memória das comunidades rurais e ficou famoso por conta das lendas que o descreviam invencível, imortal, libertador, estrategista e um devoto de São Benedito, que o ajudava lutando contra a polícia e nos ataques às fazendas da região que viviam.
Império de Fátima
O enredo escolhido pela Império de Fátima foi “Não dá mais pra segurar, explode coração”, que trata da sede que a Escola tem de desfilar e a ambição da comunidade. Além da explosão de cores, leveza e alegria da festa, também será abordada a explosão de males, entre eles fome, as guerras, e por fim a explosão de inteligência, inovação, paz e fraternidade entre os povos. “A ideia do enredo foi escolhida pelo o que o coração representa para o ser humano e para a humanidade”, disse o presidente da Império de Fátima, Sérgio Anderson.
Segundo o presidente, a apresentação contará com 17 alas, três carros alegóricos e espera reunir 950 componentes. As fantasias variam de R$ 60 a R$ 100 e são vendidas nos ensaios e nas redes sociais. Os ensaios de rua são realizados aos sábados, às 17h, na praça do antigo Cultura Brasil, em Bairro de Fátima – Serra.
Pega no Samba
A Pega no Samba optou pelo enredo “Era só mais um cria”. A carnavalesca Thais de Sá destaca as referências de criatividade que as periferias produzem.
“Vamos mostrar que tudo que identificamos como ‘cultura brasileira’, que ajuda a nos unificar e nos construir como país têm, de alguma forma, origem na periferia, e o carnaval está dentro dessa conta”.
A carnavalesca diz que quem mora na periferia é responsável por construir quase tudo. Desde as bases da construção civil às da educação, do sincretismo religioso à mistura cultural que vivemos, tudo passa pelo filtro da economia criativa das favelas. “Tudo que é produzido com força pela periferia. É o Brasil real. O Brasil real é bom, é original, é criativo. O Brasil real tem alma, o Brasil real é o Brasil que deu certo”, explicou Thais.
A ideia partiu do entendimento que existe uma necessidade da escola homenagear o próprio chão e prestigiar, com isso, as pessoas que recebem muito pouco reconhecimento de tudo que produzem. “O chão de uma Escola de Samba é um local sagrado de pertencimento, não só de pertencimento cultural, funciona como um aquilombamento. Aquilombar-se é o ato de assumir uma posição de resistência contra-hegemônica a partir de um corpo político. A periferia vira centro no carnaval, vira destaque, canta alto”, diz Thais de Sá.
O desfile da Pega no Samba contará com 15 alas, 900 componentes e as fantasias estão no valor de R$ 80, podendo ser compradas no Instagram da escola ou nos ensaios que acontecem na terça-feira às 19h30, na quadra da Pega no Samba, na Consolação.
- A ordem de apresentação do Grupo de Acesso A:
- Imperatriz do Forte
- Império de Fátima
- Pega no Samba
- Independente de São Torquato
- Chega mais
- Mocidade da Praia
- Unidos de Barreiro
Ordem dos desfiles
10 de fevereiro – Grupo A: Império do Forte, Império de Fátima, Pega no Samba, Independente de São Torquato, Chega mais, Mocidade da Praia e Unidos de Barreiros.
11 de fevereiro – Grupo Especial: Piedade, Jucutuquara, Novo Império, Boa Vista, Mocidade Unida da Glória, Andaraí e Chegou o que faltava.
12 de fevereiro – Grupo de Acesso B: Rosas de Ouro, União Jovem, Mocidade Serrana, Independente de Eucalipto e Tradição Serrana.