O Senado dos Estados Unidos aprovou um corte significativo de US$ 9 bilhões nas verbas destinadas à ajuda externa e à transmissão pública. Esta decisão reflete um avanço considerável para o presidente Donald Trump em sua proposta de restrições orçamentárias relacionadas ao Departamento de Eficiência Governamental.
A proposta agora retorna à Câmara dos Representantes dos EUA para a aprovação final, com um prazo estabelecido até sexta-feira. De acordo com as regras orçamentárias em uso, os republicanos planejam aprová-la sem o apoio dos democratas.
A Proposta de Cortes
Se a Câmara aprovar, o pacote será enviado para a assinatura de Trump, oficializando o salvamento dos recursos orçamentários previamente destinados pelo Congresso. Embora a medida tenha apoio significativo entre os republicanos, há preocupações sobre o precedente que poderia enfraquecer a autoridade do Congresso.
Os cortes têm focado principalmente em programas de ajuda externa, com uma retirada de aproximadamente US$ 8 bilhões, prejudicando assim a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), e um adicional de US$ 1,1 bilhão da Corporation for Public Broadcasting, afetando emissoras como NPR e PBS.
Controvérsias e Apreensão
Durante a votação no Senado, que durou mais de 12 horas, os democratas propuseram emendas para tentar eliminar partes da legislação, mas não obtiveram sucesso. A ação de Trump e sua equipe ao longo das semanas incluiu negociação intensa com republicanos resistentes, cedendo à pressão para manter o financiamento do PEPFAR, programa de combate à AIDS iniciado na era Bush.
Caso a Câmara aprove a nova versão, será uma reiteração das mudanças sugeridas pelo Senado nas políticas internas americanas, num contexto de ajustes contínuos antes do feriado de 4 de julho.
Os líderes republicanos, ao final, decidiram eliminar o corte de US$ 400 milhões proposto inicialmente, devido às preocupações sobre o impacto no PEPFAR, ressaltando sua importância no combate global à AIDS.
Votação e Dificuldades
Mesmo com ajustes finais, os senadores Collins e Murkowski mantiveram oposição devido à falta de clareza sobre a implementação dos cortes e seus possíveis impactos negativos. Mitch McConnell, após inicialmente se opor, acabou apoiando o projeto final durante as votações processuais.