Petrobras investe na exploração de petróleo na Costa do Marfim
A Petrobras retomou sua atuação internacional ao iniciar negociações em sete blocos de exploração marítima na Costa do Marfim, uma estratégia que visa diversificar suas reservas e aproveitar semelhanças geológicas com o Brasil. Em 4 de junho de 2025, a companhia anunciou a assinatura de um acordo exclusivo para explorar esses blocos, parte de seu plano de expansão para garantir o futuro na produção de petróleo e gás.
Por que a Costa do Marfim é estratégica para a Petrobras?
A região possui geologia compatível com a do pré-sal brasileiro, devido à sua origem durante a separação do supercontinente Gondwana há milhões de anos. Essa semelhança aumenta as chances de encontrar grandes reservatórios de petróleo, permitindo que a Petrobras aplique o conhecimento e a tecnologia desenvolvidos no Brasil em novas áreas na África Ocidental.
Exploração e potencial dos blocos na Costa do Marfim
A iniciativa começou com a manifestação de interesse da Petrobras ao governo do país africano, que aprovou a exclusividade da companhia em negociar contratos de exploração. Os blocos, situados na parte ocidental da bacia sedimentar do país, representam uma fronteira pouco explorada, porém com alto potencial de reservas.
Razões para diversificar além do pré-sal
Apesar da produtividade do pré-sal brasileiro, a Petrobras prevê declínio na próxima década e busca novas fontes para manter sua sustentabilidade. A expansão internacional também ajuda a diversificar riscos, já que obstáculos e atrasos ambientais dificultam a exploração de áreas no Brasil, como a Margem Equatorial. Investimentos na África representam uma estratégia para reduzir a dependência de uma única região.
Controvérsias e críticas à expansão da Petrobras
Apesar dos benefícios estratégicos, a iniciativa enfrenta críticas de ambientalistas preocupados com o impacto da exploração de novos campos de petróleo em um momento de discussão global sobre mudanças climáticas. A Petrobras argumenta que sua experiência técnica pode garantir operações mais responsáveis, contribuindo para a segurança energética global durante a transição para fontes renováveis.