A ativista sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel após a apreensão de um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. A notícia foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores israelense nesta terça-feira, um dia depois da intervenção da Marinha, que impediu a embarcação de romper o bloqueio naval imposto ao território.
Thunberg, de 22 anos, foi colocada em um voo para a França e, posteriormente, retornará à Suécia. Junto com ela, três outros ativistas concordaram em serem repatriados. O Itamaraty também informou que o brasileiro Thiago Ávila chegou ao aeroporto de Tel Aviv e retornará ao Brasil.
Deportação e Contestação Legal
Oito membros da tripulação ainda contestam a ordem de deportação. Segundo o grupo de direitos humanos Adalah, que presta assistência legal, esses ativistas permanecerão em um centro de detenção até que uma audiência no tribunal seja marcada, embora a data ainda não tenha sido divulgada.
O incidente ocorreu quando as forças israelenses abordaram a embarcação de ajuda humanitária na aproximação de Gaza, buscando chamar a atenção internacional para a crise humanitária no território. A situação em Gaza, marcada por meses de conflito, tem resultado em severas restrições ao acesso a suprimentos.
Conteúdo da Embarcação
O barco britânico transportava uma quantidade limitada de ajuda, incluindo arroz e fórmula para bebês, com o objetivo de sensibilizar a comunidade internacional sobre as condições críticas em Gaza. No entanto, autoridades israelenses descartaram a missão como um golpe de publicidade em apoio ao Hamas, afirmando que a ajuda não utilizada seria redistribuída através de canais humanitários adequados.
Greta Thunberg e os Desafios do Transporte Aéreo
Imagem divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel mostra Thunberg sentada em um avião a caminho de Paris. Vale destacar que, em geral, Thunberg evita o uso de voos comerciais devido a preocupações com as emissões de carbono.
Antes da detenção, Thunberg fez um pronunciamento a bordo do barco, afirmando que, se fosse retida, isso seria um sequestro em águas internacionais. A abordagem da embarcação e as subsequentes deportações trouxeram à tona debates sobre direitos humanos e as condições em Gaza, enfatizando a necessidade de atenção ao tema.
As repercussões desse evento continuam a gerar discussão sobre a crise humanitária em Gaza e o ativismo ambiental, refletindo a intersecção entre esses importantes assuntos globais.