A China anunciou que irá negociar um novo pacto econômico com a África, que visa eliminar as tarifas sobre exportações de todos os 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas. Essa medida tem potencial para beneficiar especialmente nações de renda média, promovendo uma maior integração comercial.
A partir desse novo acordo, a China vai oferecer acesso ao seu mercado sem impostos e cotas, similar ao que já é proporcionado aos países menos desenvolvidos (LDCs). Essa iniciativa traz um equilíbrio, permitindo que países de renda média, como Quênia, África do Sul, Nigéria, Egito e Marrocos, também tenham acesso facilitado ao mercado chinês.
O Ministério das Relações Exteriores da China destacou a disposição do país em receber produtos africanos de qualidade, ressaltando esse compromisso durante uma reunião recente com ministros africanos. A conversa buscou revisar compromissos estabelecidos em uma cúpula realizada em Pequim no ano anterior.
A China reconhece que as empresas de países menos desenvolvidos, como Tanzânia e Mali, podem enfrentar desafios significativos no cenário competitivo. Para mitigar essas desvantagens, o país planeja implementar medidas de apoio, que incluem treinamento e promoção de marketing voltadas para essas economias.
A expectativa dos analistas é que essa ação ajude nações africanas com capacidade de fabricação a aproveitar melhor o mercado chinês, equilibrando as relações comerciais. O comércio entre a China e a África tem aumentado nos últimos anos, frequentemente beneficiando mais o gigante asiático, que registrou um superávit significante em 2025.
A iniciativa visa reduzir os déficits comerciais enfrentados por países africanos e fortalecer suas exportações para a China. Durante a cúpula em Pequim, a China também prometeu um investimento de 360 bilhões de yuans (aproximadamente US$50 bilhões) destinadas a economias africanas, reafirmando seu compromisso com o continente após um período complicado devido à pandemia de Covid-19.