O presidente Donald Trump intensificou sua atuação na luta contra o terrorismo logo após assumir o cargo, emitindo ordens para operações militares em várias regiões do mundo, especialmente na Somália. Esta estratégia revela um enfoque agressivo e um aumento nos ataques aéreos, contrariando sua promessa de encerrar “guerras eternas”.
Aumento dos Ataques na Somália
Nos primeiros meses de 2024, os Estados Unidos registraram um número elevado de bombardeios na Somália, totalizando pelo menos 19 ataques em um curto período. Isso supera os 11 ataques realizados pelo governo Biden durante todo o ano anterior. Essa escalada é um reflexo direto da crescente atividade jihadista na região, com grupos como o Al-Shabab, afiliado à Al-Qaeda, recrutando e treinando combatentes para ataques.
A Ação Militar no Iémen, Iraque e Síria
Além da Somália, as operações antiterroristas se expandiram para o Iémen, onde ataques diários visam os houthis, uma milícia apoiada pelo Irã. Os EUA também têm realizado operações no Iraque e na Síria, eliminando líderes jihadistas. Essas ações são justificadas pela necessidade de neutralizar ameaças emergentes que continuam a se formar em regiões anteriormente controladas.
Justificativas para uma Abordagem Agressiva
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, defende uma postura firme, destacando a importância de não permitir que grupos extremistas mantenham posições que possam ameaçar os EUA. A nova estratégia militar confere maior autonomia a comandos regionais, permitindo ataques fora de zonas de guerra ativas. Essa mudança reflete uma visão mais permissiva sobre o uso da força contra adversários não estatais, incluindo gangues de narcotráfico na América Latina.
Preocupações com a Renovação de Ameaças
Oficiais de inteligência alertam sobre a reemergência da Al-Qaeda e do Estado Islâmico, que continuam a planejar ataques. O Al-Shabab, no Chifre da África, que conta com milhares de combatentes, está em destaque, com potencial para realizar operações físicas contra os EUA.
Conexões Perigosas no Mar Vermelho
As ligações entre o Al-Shabab e os houthis levantam preocupações adicionais, especialmente com a possibilidade de ataques coordenados contra interesses americanos. A transferência de tecnologia e conhecimento entre esses grupos fortalece suas capacidades operacionais, aumentando o risco para tropas e ativos americanos na região.
Frustração com a Nova Política
Apesar da intensificação dos ataques, existem dúvidas sobre a eficácia dessa nova abordagem. Especialistas apontam que as operações têm avançado de forma lenta e desarticulada. Os desafios na luta contra o terrorismo continuam e a nova estratégia poderá definir o rumo das políticas de segurança nacional nos próximos anos.
Uma Nova Agenda Antiterrorista
O governo americano agora vê os cartéis de drogas como uma ameaça de segurança nacional, classificando-os como grupos terroristas. Isso reflete uma mudança na forma como as ameaças são avaliadas e justifica a intensificação das operações em áreas como o México.
A mudança de estratégia de Trump na guerra contra o terrorismo, apesar de polêmica, exemplifica uma determinação em lidar com uma ampla gama de ameaças que variam de grupos jihadistas a cartéis de drogas, com o objetivo de proteger a segurança nacional dos Estados Unidos.








